Marival
Furtado Vieira
Procurando como de costume por algum fato que me levasse até o mais profundo poder da consciência, deparei com este, que por sinal, trata-se de uma mãe coruja, também fato este, passado naquela mesma e inconfundível cidadezinha.
Há bastante tempo, época de política, como acontece em todas
as cidades de nosso país, lá não poderia ser diferente, pois naquele momento,
era exatamente 20:30h e acontecia um grande comício, regado a muito shows de
bandas consagradas nacionalmente, onde os candidatos aguardavam ansiosamente
sua vez, a fim de fazerem seus pronunciamentos, e automaticamente, pedirem seus
votos e prometerem aquilo que não poderiam cumprir.
Naquela cidadezinha, dia de comício era diferente, onde aqueles moradores se produziam como se fosse um grande acontecimento, pois, era dia de festa, dia de encontros de amigos, parentes e encontros amorosos entre jovens, adultos e/ou adúlteros.
Em um desses encontros de jovens casais, a mãe de uma
adolescente de treze anos de idade, vive colocando sua mão no fogo, como se diz
no dito popular, dizendo que sua filha ainda não namorava e que a menor, vive
exclusivamente para casa e para o colégio.
Só que uma conhecida daquela mãe, jura que viu a menor
entrar na capoeira (Como é conhecido na roça) os locais onde a grande
maioria, pratica o sexo, e em seguida, viu também entrar naquele mesmo
local um "boyzinho" caipira.
Passados aproximadamente trinta minutos, aquela santa
menina "boia" da capoeira toda descabelada e com alguns
fios de gramas colados em seus cabelos e em sua minissaia, tipo (mamãe
quero ser p...), enquanto um minuto
após, "boiava" aquele mesmo boy, descaradamente
ainda abotoando sua braguilha, sendo observado por aquela mesma conhecida.
O show das bandas já tinha terminado e começado as conhecidas
promessas feitas pelos candidatos, que naquele momento, passavam a serem os
astros e estrelas das promessas e mentiras mais cabeludas possíveis, enquanto
aquela mãe coruja, encontrava-se loucamente embebecida pelas lindas palavras
colocadas por aqueles políticos tarimbados, enquanto sua filha, já tinha sumido
a mais ou menos uma hora, e a mãe nem percebia, de tão emocionada que ficara
com aquele show e porque não dizer, também com o comício.
Só após alguns minutos, aquela mãe volta-se a si e então
percebe que sua "filhinha" se encontrava ao seu lado, toda
suada e descabelada e fala: “Que bom, filha! Você brincou à vontade, até suou
da cabeça aos pés”. E que suadeira,
hein!...
Toda e qualquer semelhança é mera coincidência.
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