sexta-feira, 26 de abril de 2013

CASOS DE VERDADE Nº 144/13


Marival Furtado Vieira

Mais uma vez encontrava-me perdido em meus pensamentos, a fim de encontrar embolado em minha memória, um caso ou fato que pudesse contar, e por fim localizei este, pra mim, muito triste, ocorrido há bastante tempo e como os demais, automaticamente passado na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU.

Era dia de pagamento do governo e como naquela época não existia os tais caixa eletrônicos existentes em qualquer esquina, como ocorre nos dias de hoje, o servidor público era humilhado naqueles dias, uma vez que se sujeitava a passar a manhã inteira em filas que se formavam dentro da agência bancária (geralmente o banco do estado) e continuava pelo lado de fora, formando intermináveis cordões indianos, onde ali pessoas idosas passavam mal, desmaiando e muitas das vezes sofrendo até enfartos. 

Em um desse dias terríveis, um cidadão na faixa etária de cinquenta anos de idade, após um grande sacrifício para receber seu salário (miséria), se descontrola emocionalmente e mostra as minguadas notas que teria recebido do caixa do banco, dizendo inclusive que após 29 anos como servidor público era o que merecia e em alto e bom som, dizia que iria torrar tudo na cachaça, pois a partir dali não teria hora pra chegar em seu barraco. E realmente o cara foi.

No dia seguinte apareceu em seu local de trabalho totalmente embriagado, perturbando os companheiros e colegas de serviço, dizendo inclusive que estaria vindo direto dos cabarés e naquele momento estaria muito feliz. Seu chefe então tomou conhecimento do fato, e mandou demiti-lo do serviço público por justa causa. Vinte nove anos de serviço jogados fora, apenas por causa da desgraçada água que passarinho não bebe. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

CASOS DE VERDADE Nº 143/13


Marival Furtado Vieira
Estando a procura de mais um caso ou fato registrado pela minha memória, demorou um pouco, porém consegui buscar mais este que estava acomodado há anos em um cantinho de minha mente, o qual  passo a contar...

Certo casal sexagenário, tipo dois velhinhos da pesada, tomando todas e mais algumas, vivendo maritalmente sob o mesmo teto há mais de dez anos, e quando perguntado se são casados, a resposta imediata é que são noivos e para a devida confirmação, mostram com orgulho as alianças no dedo anelar da mão direita de cada um deles, presenteadas por outra velhinha ainda mais da pesada que ambos, à qual se prontificou em ser a madrinha de casamento, isto como disse acima, há mais de dez anos.  

Segundo a futura madrinha do suposto casamento, se é que eles ainda irão casar, após a compra das benditas alianças, esta fez o noivado de ambos em uma noite de muita “cerva” na mesa de um boteco e que pelo andar da carruagem tal noivado deverá prosseguir por anos a fio.

Também, o dito casal, vive se vangloriando de seu estado civil, dizendo que realmente são noivos e que vivem uma união estável, onde cada um manda do seu jeito, dizendo inclusive que trata-se de um noivado moderno e sendo aplaudidos pela quem sabe madrinha um dia. O cabeça branca do casal é muito querido e já chegou a sofrer um problema com seu “bobo”, estando hoje em ótimas condições, após colocar algumas pontes, onde continua passando aquela água que passarinho não bebe. O cara é corajoso!.

Aquela afilhada é tão querida por sua futura madrinha (?) que juntas parecem duas jovens biritando o ano inteiro, sendo respeitada apenas a quaresma que, diga-se de passagem, só pela futura afilhada, pois sua futura madrinha, esta acima de sua idade, não respeita é nada. Segundo as más línguas, aquela dita futura madrinha, bebe o ano inteiro, achando inclusive que doze meses no ano é muito pouco e que por ela deveria ter de treze a quinze meses. É mole? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.