sábado, 14 de janeiro de 2012

CASOS DE VERDADE Nº 128/12

Marival Furtado Vieira
Há muitos anos, quando ainda era aqui um pequeno povoado, diariamente chegando migrantes de todos os recantos do Brasil, principalmente do sul, sudeste e centro-oeste, se instalando em áreas de terras até então devolutas e totalmente virgens, onde passaram a derrubar,  queimar e plantar, atendendo o chamado do governo federal da época, onde o lema era: “SE PLANTANDO TUDO DÁ”. 

E como naquela cidadezinha era um povoado assentado  em terras férteis, aqueles trabalhadores da agricultura, trouxeram para cá,  seus conhecimentos e começaram a desenvolver o patrimônio, chegando à potência que hoje se encontra, estando entre um dos maiores produtores de feijão, café e milho.
Certo cidadão, lavrador desde quando segundo ele, se entende por gente e hoje aposentado,  se aproximando dos oitenta anos de idade e já bastante alquebrado pelo tempo, sofrendo de quase toda doença que possui o final ITE e um pouco de OSE, ou seja, artrITE, bursITE, renITE, sinusITE, apendicITE, artrOSE, osteoporOSE e até cirrOSE.  É mole?
Ainda hoje com seus cabelos embranquecidos tanto pela idade como pelo sofrimento que aquele idoso passou durante os anos de sua vida, porém,  ainda se acha em plena forma, querendo fazer serviço braçal, onde tenta de todas as formas ainda manusear a foice, a enxada, o facão e o machado, os quais já não obedecem aos comandos daquele velho teimoso que anda quase de cara no chão, tendo em vista que,  sua coluna á qual está condenada pelo seu médico, encontra-se totalmente danificada.

Além de todas estas doenças, o safado do velhinho ainda enche a cara de cana e quando já bicudo, começa sacanear com o médico para seus amigos que, segundo ele, aquele médico não sabe nada. Santa ignorância. Este é Mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.