sábado, 30 de junho de 2018

CASOS DE VERDADE Nº 203/18


Marival Furtado Vieira

Este é mais um caso que somado aos demais, me parece engraçado e, portanto, irei contar como aconteceu...

O esposo sai em busca de aventura, como sempre fazia aos finais de semana após ter labutado em sua chácara, na colheita do café. Esquecendo-se que sua esposa e companheira, também estivera à frente da referida colheita e mais, após o trabalho na roça, ainda cuidava das crianças, lavava suas roupas, limpava a casa e preparava a alimentação da família sem nada reclamar ou chatear aquele figurão que se achava última bolacha do pacote. 

Pois bem, o cara esteve à noite toda na farra, bebeu, comeu, sabe-se lá o quê? Dançou, enfim, se divertiu a vontade e até se embriagou, chegando a sua residência por volta das cinco da manhã mamado, gritando e acordando todos de casa e até alguns vizinhos, xingando sua esposa de biscate, safada e preguiçosa. Após ouvir todos os xingamentos, àquela senhora honrada e trabalhadora, ainda teve a coragem de questionar seu esposo, perguntando qual o motivo que o levara a xingá-la daquela maneira, uma vez que, enquanto ele se divertia, ela apenas continuou trabalhando nos afazeres de casa e cuidando de seus filhos, portanto, disse: Quem é o biscate, safado e preguiçoso aqui, é você

Ouvindo isso, aquele cachaceiro partiu pra cima da esposa, a fim de agredi-la, momento em que a esposa, tomando uma atitude de poder e bem enérgica, disse: “PARE AI, NÃO VENHA ME AGREDIR E NEM ME ESPANCAR, POIS VOU TE DIZER APENAS O SOBRENOME DE MINHA MADRINHA, QUE CHAMA-SE PENHA”. Isto, ela se referindo a Lei MARIA DA PENHA. 

No dia seguinte, aquela esposa ainda bastante nervosa, vai até aquela delegacia de policia registrar uma ocorrência de AMEAÇA com pedido de representação criminal, contra o infrator e seu futuro ex-marido, segundo ela. Uma semana após o fato, por acaso, encontrei o casal nos maiores amores em uma praça daquela cidadezinha.

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

sábado, 9 de junho de 2018

CASOS DE VERDADE Nº 202/18



Marival Furtado Vieira

Em busca de mais um caso ou fato ocorrido naquela mesma cidadezinha, captei este, passado há longos anos...

Durante uma campanha política, onde naquela época era eleito quem podia mais, ou seja, quem tinha mais “money”  (dinheiro), para compra de votos e manter seus eleitores em currais eleitorais até a hora de votar, onde os assessores dos candidatos transportavam aqueles eleitores, ou melhor, aqueles cavalos de cabresto, até o local de suas zonas eleitorais.

Porém, para surpresa de um dos candidatos, um provável eleitor seu, pegou os 50% (cinquenta p/cento) do valor combinado, conseguiu fugir do curral eleitoral e foi imediatamente pra zona, não a eleitoral e sim para  a zona do baixo meretrício e começou a encher a cara.

Por volta das 16h00, o elemento já devidamente alcoolizado, ainda lembrou que teria que votar, naquele candidato que pelas costas, tratava-o como corrupto, safado, ladrão, canalha e outros adjetivos que me falha a memória no momento. Após pagar suas despesas, naquele lupanar, saiu ainda que cambaleando de um lado para o outro, trocando as pernas, uma vez que teria ingerido bastante cachaça e foi em direção ao local de votação, pagar sua dívida com o tal candidato, como dizia ele,  e pegar o restante de seu pagamento, pois pretendia retornar e continuar sua farra naquele ambiente de prostituição.

Ao chegar a seu local de votação, já bastante embriagado e alterado,  gritando e dizendo que queria votar e pronunciando a todo o momento, o nome de seu candidato, pois lhe devia obrigação, até porque teria vendido seu voto e teria recebido a metade adiantado, e estava ali pra cumprir com sua obrigação de homem de palavra. 

Em seguida, foi acionada a polícia que de imediato jogou o cachaceiro no camburão, levando direto para a delegacia de polícia, onde foi curar sua cachaça a mando de seu próprio candidato, que naquele momento se encontrava no local de votação do cachaceiro. Naquela época era assim: “Quem pode, pode, quem não pode, se sacode,” como se diz em um velho ditado. 

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.