quarta-feira, 31 de outubro de 2018

CASOS DE VERDADE Nº 207/18



Marival Furtado Vieira

Era um dia de muito sol, quando a “moringa” de certo cidadão começou a esquentar e de imediato entrou em paranoia, apenas porque todo mundo que se encontrava ali, pegava peixe à vontade e o cidadão, apesar de conhecer muito bem de pescaria, era o único que não pegava pelo menos um lambari.

Tentou por várias vezes, trocando inclusive de iscas, anzóis, chumbadas, varas, molinetes e linhas de todas as espécies e continuava na mesma.

Passados aproximadamente uma hora de tentativas infrutíferas, aquele cidadão deu uma parada e ficou a observar os outros pescadores, que não cansavam de puxar peixes e com isso sua cabeça começou entrar em parafuso, passando UMAS IDEIAS MALUCAS. E naquele momento, chamou seu parceiro que era seu filho e gritou para todos ouvir: “FULANO, NÃO PRECISA MAIS EU MORRER PARA VOCÊ FICAR COMO HERANÇA, AS MINHAS VARINHAS E MOLINETES, POIS A PARTIR DE AGORA, ESTOU TE PASSANDO, NÃO SÓ AS VARAS E MOLINETES, E SIM, TAMBÉM TODAS AS MINHAS TRAIAS, POIS DE AGORA EM DIANTE ESTOU ME APOSENTANDO DEFINITIVAMENTE DA PESCARIA”.

Tal atitude daquele cidadão, além de não pegar nada, pegava sim, muito sol e com isso, zangou-se e tomou tal decisão, uma vez que, seu filho sempre brincava, dizendo que quando ele viesse a falecer, queria como herança, apenas suas varinhas e molinetes, que o coroa possuía, e que eram de excelente qualidade. 

Seu parceiro ainda tentou por várias vezes, para que seu coroa desistisse de tal atitude, até porque, o velho era louco por pescaria, porém aquele idoso continuou firme em sua posição.  Pode?

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.