Marival Furtado Vieira
Estando em momentos de labuta, isso passado já há
algum tempo, aparece naquela delegacia de policia, um elemento de aproximadamente trinta
anos de idade, a fim de registrar uma ocorrência
de lesão corporal, contra sua mulher,
que teria lhe dado uma surra com socos e pontapés, inclusive com algumas
lapadas de cinta de couro, onde sua
costa parecia mais um mapa de rodovias,
tanto que ainda naquele momento sangrava
bastante.
Ao ser perguntado por
aquele policial plantonista, o porquê de sua esposa tê-lo açoitado daquela
maneira e ainda perguntado qual o
tamanho dela, uma vez que aquele
camarada não era tão pequeno e media aproximadamente
1,70m, pesando 72 quilos. Em resposta ao policial, disse que sua amada teria ficado com ciúmes ao vê-lo
conversando com um senhor de meia idade,
informando ainda que ela media mais ou
menos 1,90m e pesava aproximadamente
90 quilos, com músculos bem definidos, uma vez que seu amor além de lhe curtir
de montão, também amava uma
academia, onde malhava duas vezes
por dia em ritmo de alto grau. Já de
orelha em pé, aquele policial perguntou o nome da esposa, para que emitisse uma intimação, quando o elemento informou que sabia apenas o nome artístico e que ela era conhecida
por BOLADÃO.
Pela curiosidade de ver
o tamanho de BOLADÃO e seus modos, o
plantonista manda buscar o (a) agressor (a), sendo conduzida (o) pela viatura
até aquela pequena delegacia com o intuito de intimá-lo (a) pessoalmente, uma
vez que naquela época não existia a Lei
Maria da Penha. Ao observar o
tamanho do “gorila” parecido com nossos antepassados, com uma voz grossa e estrondosa, barbudo (a) e bigodudo (a), o policial de plantão
chamou os dois e deu alguns conselhos, não podendo fazer mais nada, apenas
perguntando se ele (a) era a mulher do
cara, quando aquele (a) grandalhão (ona)
disse em voz alta: SOU, MAS EXIJO RESPEITO DE MEU COMPANHEIRO,
BEM COMO, DE TODO MUNDO. Este é mais um caso de verdade e qualquer
semelhança é mera coincidência.