sábado, 29 de novembro de 2014

CASOS DE VERDADE Nº 161/14


Marival Furtado Vieira

Havia naquela famosa cidadezinha um elemento de personalidade muito forte e que tinha a fama de ser muito mau, porém, certo dia ainda ao amanhecer, e como de costume, fazia seu cooper diário e ao passar em frente a uma residência, deparou-se com um cão, não o capeta, mas aquele que se diz amigo do homem e este animal de tamanho razoável, começou a latir e  o encarou como se o chamasse para briga.

Não se fazendo de rogado, aquele cidadão, parou e começou a gesticular como se estivesse insultando aquele bicho mau-encarado. De imediato, o animal rosnou, mostrando seus caninos afiados, levantando seu par de meias-orelhas, uma vez que estas foram cortadas ainda quando era pequeno, bem como seu cotôco de rabo, que teimava em balançar de um lado para o outro.

Então aquele cidadão, já com muita raiva, partiu em direção ao “ AU AU” e este,  também possuído da mesma raiva de seu adversário, também foi em direção daquele elemento sem juízo, pulando com uma rapidez impressionante, e pegando o braço direito de seu oponente, rasgando suas vestes e mordendo por todo o corpo ainda malhado daquele senhor. 

Após alguns minutos de luta corporal entre aqueles dois animais, eis que chega um bêbado com um porrete nas mãos e põe aquele canino pra correr e ao observar e reconhecer a pessoa que ali estava caída toda ensanguentada, começou a quebrar no pau aquele senhor já sem condições nenhuma de reação, onde o bêbado ainda perguntou: “VOCÊ ESTÁ LEMBRADO DE MIM, SEU SAFADO? POIS É, EU SOU AQUELE MESMO QUE VOCÊ BATEU, COMO SE ESTIVESSE BATENDO EM UM CACHORRO, OU MELHOR, CACHORRO NÃO, POIS VOCÊ NÃO AGUENTOU NEN ESSE AI”. E tome porrete, só parando porque a turma do deixa disso chegou. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.