Marival Furtado Vieira
Havia naquela famosa
cidadezinha um elemento de personalidade muito forte e que tinha a fama de ser muito mau, porém, certo
dia ainda ao amanhecer, e como de costume, fazia seu cooper diário e ao passar em frente a uma residência, deparou-se
com um cão, não o capeta, mas aquele que se diz amigo do homem e este animal de tamanho razoável, começou a latir e
o encarou como se o chamasse para briga.
Não se fazendo de
rogado, aquele cidadão, parou e começou
a gesticular como se estivesse
insultando aquele bicho mau-encarado.
De imediato, o animal rosnou,
mostrando seus caninos afiados,
levantando seu par de meias-orelhas,
uma vez que estas foram cortadas ainda quando era pequeno, bem como seu cotôco de rabo, que teimava em
balançar de um lado para o outro.
Então aquele cidadão, já com muita raiva, partiu em direção
ao “ AU AU” e este, também possuído
da mesma raiva de seu adversário, também foi em direção daquele elemento sem juízo, pulando com
uma rapidez impressionante, e pegando o braço direito de seu oponente, rasgando suas vestes e mordendo por todo o
corpo ainda malhado daquele senhor.
Após alguns minutos de luta corporal
entre aqueles dois animais, eis que chega um bêbado com um porrete nas mãos e põe aquele canino pra correr e ao observar e reconhecer a pessoa que ali estava caída toda
ensanguentada, começou a quebrar no pau aquele senhor já sem condições nenhuma
de reação, onde o bêbado ainda perguntou: “VOCÊ
ESTÁ LEMBRADO DE MIM, SEU SAFADO? POIS É, EU SOU AQUELE MESMO QUE VOCÊ BATEU,
COMO SE ESTIVESSE BATENDO EM UM CACHORRO, OU MELHOR, CACHORRO NÃO, POIS VOCÊ NÃO AGUENTOU NEN ESSE AI”.
E tome porrete, só parando porque a
turma do deixa disso chegou. Este é mais um caso de verdade e qualquer
semelhança é mera coincidência.