quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

DIA DE FESTA E QUE FESTA!

 

Marival Furtado Vieira

 

Procurando como de costume por algum fato que me levasse até o mais profundo poder da consciência, deparei com este, que por sinal, trata-se de uma mãe coruja, também fato este, passado naquela mesma e inconfundível cidadezinha.

Há bastante tempo, época de política, como acontece em todas as cidades de nosso país, lá não poderia ser diferente, pois naquele momento, era exatamente 20:30h e acontecia um grande comício, regado a muito shows de bandas consagradas nacionalmente, onde os candidatos aguardavam ansiosamente sua vez, a fim de fazerem seus pronunciamentos, e automaticamente, pedirem seus votos e prometerem aquilo que não poderiam cumprir.

Naquela cidadezinha, dia de comício era diferente, onde aqueles moradores se produziam como se fosse um grande acontecimento, pois, era dia de festa, dia de encontros de amigos, parentes e encontros amorosos entre jovens, adultos e/ou adúlteros.

Em um desses encontros de jovens casais, a mãe de uma adolescente de treze anos de idade, vive colocando sua mão no fogo, como se diz no dito popular, dizendo que sua filha ainda não namorava e que a menor, vive exclusivamente para casa e para o colégio.

Só que uma conhecida daquela mãe, jura que viu a menor entrar na capoeira (Como é conhecido na roça) os locais onde a grande maioria, pratica o sexo, e em seguida, viu também entrar naquele mesmo local um "boyzinho" caipira.

Passados aproximadamente trinta minutos, aquela santa menina "boia" da capoeira toda descabelada e com alguns fios de gramas colados em seus cabelos e em sua minissaia, tipo (mamãe quero ser p...), enquanto um minuto após, "boiava" aquele mesmo boy, descaradamente ainda abotoando sua braguilha, sendo observado por aquela mesma conhecida.

O show das bandas já tinha terminado e começado as conhecidas promessas feitas pelos candidatos, que naquele momento, passavam a serem os astros e estrelas das promessas e mentiras mais cabeludas possíveis, enquanto aquela mãe coruja, encontrava-se loucamente embebecida pelas lindas palavras colocadas por aqueles políticos tarimbados, enquanto sua filha, já tinha sumido a mais ou menos uma hora, e a mãe nem percebia, de tão emocionada que ficara com aquele show e porque não dizer, também com o comício.

Só após alguns minutos, aquela mãe volta-se a si e então percebe que sua "filhinha" se encontrava ao seu lado, toda suada e descabelada e fala: “Que bom, filha! Você brincou à vontade, até suou da cabeça aos pés”. E que suadeira,
hein!... 

Toda e qualquer semelhança é mera coincidência.