domingo, 10 de janeiro de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 065/10


Marival Furtado Vieira

Em mais um voo rasante pela minha memória em busca de outro caso, encontro este perdido há muito tempo, em um cantinho ainda que adormecido, o qual se passa na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU...

Como Pira Pira Pirou é uma pequena cidadezinha, e não tendo muito que fazer, a não ser trabalhar plantando, colhendo, comendo e vendendo o restante da pequena produção familiar, e após o homem (agricultor) chegar aos 60 (sessenta) anos de idade e a mulher (agricultora) aos 55 (cinquenta e cinco) anos, estes se aposentam através do INSS, percebendo uma renda mensal de R$ 465,00 (Quatro centos e Sessenta e Cinco Reais), dados estes, referente a dezembro/2009.

Após suas aposentadorias, segundo ainda estes mesmos agricultores, estão com o burro amarrado na sombra a partir de então e como não tem nada o que fazerem, começa a se importarem com a vida de seus amigos, vizinhos e até parentes.


Um desses aposentados, um senhor na faixa de seus setenta e poucos anos, já bastante judiado pela artrose que carrega a mais de dez anos, pelo câncer de pele e até pela diminuição de seus reflexos oftalmológicos, ainda continua com disposição de brechar um casal de namorados que diariamente, no período noturno, encontram-se entre beijos e abraços, em frente à casa da moça e segundo ainda o maldoso vizinho, a coisa vai mais além, porém, vamos deixar pra lá. Continuando, aquele velho vizinho, após como de costume, passar os panos no dito casal, observou que o negócio estava começando a pegar fogo, momento em que pegou seu estilingue, (baladeira) e lançou uma bolita (peteca) em direção daqueles jovens enamorados, pegando de raspão nas pernas do namorado e este sentindo dor, falou a sua namorada que iria denunciar aquele velho nojento, pois tinha certeza que teria sido ele o autor do disparo, até porque, sabiam que o velho vivia lhes brechando. A namorada por ser vizinha do velho, pediu para que seu namorado não o denunciasse, pois aí com certeza, ela não iria ter mais sossego. Já na Delegacia de Polícia, o namorado em atendimento a sua namorada, deixou o caso pra lá. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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