domingo, 25 de julho de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 093/10


Marival Furtado Vieira

Mais uma vez em procura investigativa pelos miolos ainda férteis de minha memória em busca de algum caso que por ventura ainda não tenha vindo à tona, encontrei mais um, logicamente passado na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU. Então vamos lá...

Como toda cidade que se preze, existem moradores bons e ruins, honestos e ladrões, trabalhadores e vagabundos, empregados e desempregados, sérios e engraçados, enfim todo tipo de gente e PIRA PIRA PIROU não é diferente das demais.

Certo ladrãozinho, daqueles marca borra-bota, como é conhecido por aqui, aqueles safados e medrosos, que furtam pequenos comércios, apenas com o intuito de manter seus vícios, pois assim fazendo, trocam pequenas mercadorias por uma pedra de crack, as vezes até pirata é, e os abestados imaginam que estão viajando com destino a Bagdá. Pode? Continuando, aquele ladrãozinho, após dizer que mudaria de vida e deixaria de furtar, pois a partir dali iria trabalhar como um homem decente e por isso mesmo, ganhou de presente de um senhor bem intencionado e morador de PIRA PIRA PIROU, duas camisetas, duas calças Jeans e um par de botas, todas usadas, porém em ótimo estado de conservação, uma vez que aquele vagabundo só tinha a roupa do couro e seus pés no chão. Aquele senhor ainda comovido com as palavras do safado, dá uma carona ao mesmo até a cidade onde seus pais moravam e que ficava distante uns cinquenta quilometros de PIRA PIRA PIROU. Após tê-lo deixado em companhia de seus familiares, aquele senhor imaginou que teria praticado uma boa ação e retornou todo contente para sua cidadezinha.

No dia seguinte, aquele bondoso senhor foi procurado pela policia, uma vez que alguém teria visto o mesmo entregar um par de botas para o ladrão nojento e desgraçado e o motivo daquele senhor ter sido procurado, fora apenas porque na noite do mesmo dia em que dera carona ao miserável, houve um furto em um comércio local e o bandido teria esquecido o par de botas no local do crime. Chegando ao conhecimento do Comissário de Plantão e de quem se tratava, tanto da pessoa honesta e bondosa como do ladrãozinho meia-tijela, mandou de imediato a turma do Serviço de Investigação localizar e prender o safado ladrão borra-bota e assim foi feito. Chegando à DP de PIRA PIRA PIROU, o safado ainda sorrindo e descaradamente, cumprimentou o Comissário o qual foi logo descendo o braço naquele mal agradecido e colocando detrás das grades. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.
Na oportunidade, aqui rendo minhas homenagens a minha netinha ANNA CLARA BARBOSA VIEIRA GUALBERTO, que na data de ontem, festejamos o primeiro aninho de vida e ela foi motivo de meu CASOS DE VERDADE Nº 011/08. Parabéns a ANNINHA, sua mãe Marcela, seu pai Flávio Gualberto, aos padrinhos Marcos e Cristina e a todos os familiares e amigos presentes na festinha desta princesinha do vô Val.

domingo, 18 de julho de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 092/10



Marival Furtado Vieira

Pesquisando mais uma vez pelas curvas imaginárias de minha memória, a fim de localizar mais um fato ou caso passado em PIRA PIRA PIROU, encontrei este...

Certa vez, um senhor lá por volta de seus quarenta e cinco anos, após um casamento aos trancos e barrancos de quase vinte anos, resolve separar-se, deixando para trás três filhos, todos na fase da dita “aborrecência” e retorna ao lar de seus velhos pais, ficando ai por mais ou menos seis meses. Quando encontra uma jovem de vinte e cinco anos, à qual também viera de um casamento frustrado á muitos anos e é amiguinha de uma de suas sobrinhas e começa ai o assédio do jovem senhor a aquela moça que até ali, ainda curtia sua vida de solteira.

Era um domingo, e aquele senhor vai até a casa de sua sobrinha pegar seu irmão, para juntos irem até um sítio de propriedade de outra irmã e encontra naquele local, a dita moça e o mesmo começa a brincar com ela, convidando-a para acompanhá-lo até aquele sítio, pois lá existia uma piscina de água natural, um belo chapéu de palha e, por conseguinte, uma área de floresta natural e muito bem preservada. Tendo a seguinte resposta da mesma: “NEM DE MATO EU GOSTO”.


Dali em diante aquele senhor viu a possibilidade de namorar aquela moça brincalhona e muito sorridente e começou a mandar recados por sua sobrinha, pois ambas eram carne e unha. Um belo dia chega à casa dos pais daquele senhor, a referida jovem atrás do mesmo e este por sorte se encontrava na sala assistindo a um filme, por sinal, chamado QUANDO DOIS AMORES SE ENCONTRAM, e pergunta o que teria acontecido com aquela linda jovem e esta de imediato e muito séria disse que estava ali tão somente porque soube através de sua sobrinha, que o mesmo teria sido massagista de time de futebol a tempos atrás e que estava precisando fazer uma massagem em suas costas, pois estava muito dolorida e o seu massagista profissional, um japonês muito conhecido e competente, estava com sua agenda cheia, momento em que aquele senhor pensou “chegou minha vez” e se prontificou, dizendo ainda que realmente fora massagista por longos anos e começou a jogar conversa fora com aquela simpática moça, chamando-a para seu quarto, pois a massagem era nas costas e, portanto, a mesma deveria deitar-se em sua cama de costas e que tirasse sua blusa e seu sutiã, sendo assim atendido e a massagem de “H”, começara, pois aquele senhor nunca na vida teria feito nada parecido, pois não entendia daquela profissão e aproveitou-se para começar ali um romance.

Dias após, já namorando com aquela jovem, parte pros finalmente e pergunta se a mesma quer morar com ele e ela responde que NÃO SABE COZINHAR E NEM LAVAR, momento em que aquele mentiroso lhe diz: PAGO UMA COZINHEIRA E UMA LAVADEIRA e ela acrescenta: TENHO EM MINHA COMPANHIA MINHA MÃE, MINHA TIA E UMA SOBRINHA DE SEIS MESES, novamente o mentiroso diz: ACEITO O KIT COMPLETO. Depois de acertado e combinado, ambos passam a morar juntos, e após quatro anos de convivência, vieram a casar-se no civil em 2000 e hoje, girando em torno de quinze anos, sem COZINHEIRA E SEM LAVADEIRA, porém com o KIT lhe acompanhando. Quer mais?... Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

domingo, 11 de julho de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 091/10


Marival Furtado Vieira

Mais uma de PIRA PIRA PIROU...

Um casal de agricultores, como a maioria da cidadezinha, pioneiros e trabalhadores da agricultura, sendo considerados pequenos agricultores, até porque, viviam e tiravam o seu sustento da lavoura plantada em uma chácara de cinco alqueires, localizada aproximadamente dez kilometros da rua, como é chamado por aqui o centro de PIRA PIRA PIROU. Tal casal viviam apaixonados um pelo outro, bem como também, apaixonados por seus quatro filhos até começarem a se desentenderem por causa de ciúmes, tanto de um lado como de outro.

Não suportando mais tanta humilhação sofrida, a mulher pede a separação a seu marido e este apenas diz que NÃO ACEITA, pois ela tem que entender que são quatro filhos menores pra criar e ele não os colocou no mundo sozinho e precisa que sua amada continue vivendo casada, até porque necessita de seu apoio como mãe para a educação das crianças.

Então, aquela mãe e esposa, ou quase ex-esposa, parte em busca de informações para dar efeito a sua separação e é orientada a procurar a Defensoria Pública de PIRA PIRA PIROU. Lá chegando, obteve todos os esclarecimentos e orientações de como deveria fazer para que viesse a separar-se de fato e de direito. O maridão sabendo do acontecido, também tomou algumas explicações de seus amigos que já tinham enfrentados a mesma situação e deixou a mulher ir embora, levando consigo duas crianças e as outras duas, ficaram com aquele pai apaixonado.

Passados quinze dias após a separação, o marido ainda com seu orgulho ferido, enciumado e com sua mente poluida, porém, não tendo nem um motivo que desabonasse sua ex-mulher e como era louco pela mesma, fez uma faixa, onde dizia: "MULHER VAGABUNDA, BISCATE, RAMEIRA, VOCÊ NÃO PRESTA, PREFERIU DEIXAR SEU LAR EM BUSCA DE AVENTURA". E durante a madrugada amarrou a faixa em frente a casa de sua ex, à qual já estava morando na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU com seus dois filhos.

Pela manhã, a mulher ao tomar conhecimento daquela faixa ordinária, imaginou que teria vindo por parte de seu ex-marido e foi até a Delegacia de Polícia denunciá-lo. Após ser intimado para averiguação, o camarada foi logo dizendo que não tinha nada com isso e que deveria ser coisa dos outros amantes de sua ex-mulher, os quais talvez teriam ficado com ciúme um dos outros. É mole ou quer mais? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

domingo, 4 de julho de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 090/10


Marival Furtado Vieira

Forçando mais uma vez minha fonte de inspiração, ou seja, minha memória, em busca de mais um caso ou fato ocorrido em PIRA PIRA PIROU, localizei mais um...

Era um dia de domingo e como sempre a cidadezinha que já é parada, neste dia então fica ainda mais deserta, pois a maioria de seus moradores, encontra-se em suas chácaras, sítios e fazendas, acompanhados de suas respectivas famílias, repondo suas energias e muitas das vezes repondo o líquido que passarinho não bebe.

Enquanto isso, o plantão naquela pequena Delegacia de Polícia, transcorria na maior tranquilidade, até o momento em que a PM, apresenta dois pinguços e a mulher de um deles, a qual também estava com o teor alcoólico bastante elevado.

Perguntado pelo Comissário de Plantão o que teria acontecido com aqueles três, momento em que o primeiro cachaceiro se identificou dizendo que estava ali com sua mulher, porque o outro biriteiro que também se encontrava presente, teria CANTADO sua esposa lá em sua chácara. Outra vez perguntado pelo Comissário se o biriteiro era seu conhecido, e a resposta foi que o mesmo "era seu amigo", porque a partir dali, nunca mais iria olhar na cara daquele safado. Então sua mulher foi em socorro do "OUTRO", dizendo que mantinha um caso amoroso com aquele biriteiro e que ali seria o momento ideal para colocar um ponto final em seu casamento, pois segundo ela, o caso já se arrastava por longos seis anos e estava apaixonada pelo "GOSTOSO SAFADO".

Após ouvir atentamente o casal, o Comissário orienta ambos a procurarem a Defensoria Pública de PIRA PIRA PIROU ou contratarem um advogado, a fim de resolverem de vez aquele caso conjugal, informando ainda que só seria possível no dia seguinte, pois aos domingos aquela instituição estaria fechada, dizendo mais para os três: "VOU COLOCAR VOCÊS NO CORRÓ ATÉ AMANHÃ, POIS ESTÃO TOTALMENTE EMBRIAGADOS E SÃO CAPAZ DE BRIGAREM ENTRE SI E PARA EVITAR ISSO, VÃO DORMIR AQUI". Momento em que o maridão pergunta à aquele Comissário: "AI NESSE TAL CORRÓ TEM BANHEIRO, CAMA PRA TRÊS, AR-CONDICIONADO E JANTAR?" A resposta do Comissário foi a seguinte: "AQUI É HOTEL CINCO ESTRELA MEU IRMÃO" E meteu os três sem-vergonhas naquele local imundo. Domingo tem mais. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.