quarta-feira, 29 de junho de 2016

CASOS DE VERDADE Nº 180/16

Marival Furtado Vieira


Naquela cidadezinha, como já foi dito antes, a maioria de seus moradores são oriundos do sul, sudeste e centro-oeste de nosso país e, portanto, para cá trouxeram seus conhecimentos agrícolas fincando raízes neste pedaço de chão e na mesma bagagem, seus modos e principalmente, seus costumes, dos quais um dos mais fortes é o fato de TOMAREM CHIMARRÃO regado a muita conversa, pois nestes momentos se juntam em uma grande roda, fazendo tipo ROLETA RUSSA, onde aquela cuia com sua bombinha é passada de mão em mão, ou melhor, de boca em boca. 

Apesar desta cidadezinha estar localizada  na região norte, onde seus costumes são dos migrantes, dificilmente alguns deles, conhece a farinha d’água, a farinha de tapioca, o cuscuz, o açaí, a pupunha, o tucumã, o tacacá, o vatapá com camarão, a tapioca, pato no tucupi, pimenta murupi, enfim, a comida típica do bom nortista de Rondônia.

Um camarada nortista, morador daquele lugar, não largou seus costumes, principalmente de tomar açaí com farinha d’água, produtos este vindo importado da capital, pois por lá, não se encontra a dupla, até porque não teria comércio para tal paixão dos poucos nortistas ali radicados.

Continuando, aquele nortista e barrista por natureza, saboreava seu açaí em frente de sua residência, momento em que chega um gaúcho e seu vizinho, famoso tomador de chimarrão e começa a gozar aquele nortista, dizendo que aquilo era porcaria e a resposta daquele caboclo veio a jato, dizendo: 

PORCARIA É AQUILO QUE VOCÊS CHAMAM DE CHIMARRÃO, POIS ALI TODO MUNDO COSPE E TODO MUNDO ENGOLE CUSPE, TEMPERADO COM SALIVA E PELO JEITO É COISA DE MACHO, TCHÊ.  TÔ FORA. 

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.