Marival Furtado Vieira
Um camarada, bate palma em frente a uma residência que estava à venda
em um dos bairros considerados chiques daquela mesma cidadezinha. Ao ser
atendido pela dona da casa, se identifica com sendo um pretenso candidato à
compra daquela residência, pedindo para olhar a casa por dentro, sendo atendido
por aquela senhora simpática.
Ao passar os panos na casa toda e fazendo algumas perguntas à proprietária,
inclusive pessoais, tipo se a mesma era casada,
se tinha filhos, se era empregada ou
era só dona de casa. Na maior inocência, aquela comadre informa que era separada,
não tinha filhos e que tem um belo
emprego, que lhe permite viagens de férias duas vezes ao ano. O malandro então começou a jogar conversa fora, elogiando a casa e
principalmente a dona dela. A conversa rolava solta e aquela senhora se
encantando com o bom papo travado
por aquele pilantra, chegando-se a
esquecerem de negociarem a compra/venda
da casa. Em seguida, a bacana cai
nos braços daquele vagabundo,
morrendo de amores durante a tarde quente e invadindo a noite toda de prazer.
Depois do fato consumado, o malandro fala em juntar seus panos de bunda o que foi aceito de
imediato por aquela madame.
No dia seguinte, o safado busca apenas uma mochila no hotel onde se encontrava
hospedado, dizendo que estaria ali apenas por um dia para a compra da casa e não trouxe quase nada
de roupa, mas que iria buscar sua
mudança no outro dia. Inocentemente a senhora concorda, avisando que iria
trabalhar naquele momento e que só voltaria à noite. Dizendo a ele que usasse a casa como se fosse sua.
Não
se fazendo de rogado, o pilantra faz
um limpa na casa, inclusive contratando
um caminhão de mudanças, onde levou também todos os móveis, eletrodomésticos, utensílios
domésticos, enfim, deixando apenas algumas mudas de roupa daquela mal-amada. Sentindo-se
enganada, registra o fato na delegacia local e pelo que sei até hoje, como canta o Pe. Alessandro Campos: NADA, NADA,
NADA. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.