Marival Furtado Vieira
Sempre por volta das 16h00, ainda naquela cidadezinha, uma galera se reunia em um campinho de futebol para uma bela pelada, e para tanto, formavam times, os quais se enfrentavam uns
contra os outros, composto por seis jogadores de cada lado e aqueles que
ganhavam, iam ficando e disputando com os próximos times, até perderem e também saírem da competição, sendo o campeão aquele que ganhasse na final. Isso acontecia todos os dias da semana. Para a
formação dos times, era escolhido a dedo, sendo relacionados os jogadores (?) pelos lideres, os quais geralmente eram os
donos da bola ou do campo, e na escolha apontavam: Eu quero fulano e o outro líder apontava e dizia: Eu quero sicrano e assim por diante.
Nestes grupos de atletas, (?) ninguém chamava pelo nomes dos jogadores, apenas pelo apelidos, como seja: Piriquitinho, Papagaio, Zebu, Cangati, Gaiato, Toicinho, Chibata, Macarrão, Casca, Pezão, Conserva, Fi-de-vó, Pé-de-bicho,
Papagaio, Vanusa, Bezerra, Bick, Indio, Bedeco, Budeco, Bode, Bodó Baier,
Buchudo, Prego e Mãe Preta. Além destes jogadores, ou cá pra nós, bichos e outros sujeitos, tinham os que
dificilmente eram escalados, tais como: Cabeça-de-Lua,
Esfria-lua, Cacheado, Macaco, Da Mata, Broeiro, Goiabinha e outros que me
falha a memória.
Em uma final entre duas equipes, onde ali participavam doze
atletas, todos com nomes de bichos, momento
em que chega a beira do campo um rapaz de aproximadamente dezoito anos e
morador de outro bairro, fica surpreso em ouvir os gritos dos atletas pedindo a
bola, parecendo que ali se tratava de um zoológico e não um campo de futebol e
comenta com o técnico conhecido por DOLÓ,
um fuxiqueiro nato, e este de
imediato, para a partida de futebol, chama os atletas em um canto e diz: “Estão vendo aquele cara ali? Ele disse que
vocês não são jogadores, são apenas uns animais metidos a atletas e que vocês
não deveriam estar em campo de futebol e sim em um zoológico”.
Ouvindo aquilo, o grupo partiu em direção ao jovem rapaz, atacando-o com chutes e ponta-pés e colocando-o pra correr. Não sei se o cara corre até hoje, até porque, levou uma bela sova e nunca mais apareceu por lá. Obs: Alguns desses colegas e amigos já são falecidos, e que elevamos nossos pensamentos, para que estejam em um bom lugar.
Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.
Ouvindo aquilo, o grupo partiu em direção ao jovem rapaz, atacando-o com chutes e ponta-pés e colocando-o pra correr. Não sei se o cara corre até hoje, até porque, levou uma bela sova e nunca mais apareceu por lá. Obs: Alguns desses colegas e amigos já são falecidos, e que elevamos nossos pensamentos, para que estejam em um bom lugar.
Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.