quarta-feira, 18 de julho de 2012

CASOS DE VERDADE Nº 136/12

Marival Furtado Vieira

Olha essa...
Um noiado com aproximadamente trinta anos de idade e pesando também um pouco mais que sua idade, com uma aparência raquítica e com algumas deformações em suas pernas e braços, tendo em vista as sequelas deixadas pelo alto consumo de entorpecente, pois o mesmo é viciado desde seus dez anos de idade.
Certo dia, não tendo mais onde furtar sua vizinhança, pois era a prática costumeira desse elemento, uma vez que era proibido por outros noiados  de entrar em outros bairros, tendo autorização daqueles para operar apenas no seu quadrado, ou seja em seu bairro, caso contrário, entrava no cacete daqueles vagabundos. E, como ia dizendo, não sabendo onde furtar mais sentou-se na varanda de sua residência, onde conseguiu planejar um furto. E olha que vontade!
Como mora com sua irmã e esta se encontrava viajando, foi até a cozinha, desconectou a botija do fogão, a qual se encontrava praticamente cheia e após várias tentativas de colocar a mesma em sua costa, não conseguindo, até porque seu peso era de um bode magro, parecendo um velhinho judiado em fim de carreira. Teve então a ideia de convocar um comparsa, futuro receptador e automaticamente vendedor de drogas para ajudá-lo a carregar o salvador da pátria, ou seja, o produto do furto o qual deveria ser repassado pelo valor de R$ 10,00 (dez Reais). É mole?
À distância, um de seus tios obsevava aquela arrumação e acionou o 190 que ainda,  conseguiu pegar aquele ladrãozinho meia-tigela, enquanto o seu comparsa evadiu-se do local, tomando rumo ignorado.
 Ao chegar à delegacia de polícia de PIRA PIRA PIROU, o safado além de noiado, ladrão e cadeieiro, foi logo dizendo que não se tratava de furto e sim de um empréstimo para seu amigo. Acredite se quiser. Este é mais um caso de verdade e quaisquer semelhança é mera coincidência.