terça-feira, 30 de janeiro de 2018

CASOS DE VERDADE Nº 198/18

Marival Furtado Vieira

Há bastante tempo, onde ainda aquela cidadezinha era apenas um pequeno município, sem nenhuma tradição, vivendo seu povo apenas do suor de seu trabalho, não trazendo ali problemas policiais de grandes vultos, sendo considerada pelas autoridades, como uma cidade ordeira em comparação a muitas outras e, portanto, como prova, lá vai essa...

Estava quase concluindo o plantão naquela pequena delegacia de polícia, um plantão esticado de 24 horas, porém como sempre, sem grandes novidades a não ser, os já tradicionais e costumeiros fuxicos entre vizinhos, maridos e mulheres, amigas biscateiras e alguns pés-inchados.

Momento em que adentra ao recinto, uma guarnição composta por cinco PM’s, todos fortemente armados, conduzindo um biriteiro o qual pelas condições aparentes, se encontrava pra lá de Bagdá, não sabendo ao menos onde estava naquele momento e nem mesmo sabia quem os conduzia, até porque, só balbuciava e repetia uma frase, a qual após várias tentativas, o policial de plantão conseguiu decifrar, e que através de sua dificultada didática dizia: “EU MATO, EU MATO, EU MATO, QUEM RELAR A MÃO EM MIM.”

Após a PM entregar seu B.O, bem como,  o biriteiro ao policial de plantão, este ainda perguntou o que teria acontecido de anormal com aquele cachaceiro, onde o comandante da guarnição deu algumas informações extras, dizendo que o elemento se encontrava em um bar já muito conhecido por lá, onde o C... de cana, andava de mesa em mesa sacaneando  e perturbando os fregueses e onde passava, levava tapa na cara, prova é,  que seu rosto estava bastante inchado de tanto apanhar.

Segundo ainda a guarnição, o safado só não apanhou mais, porque outro cachaceiro, seu parceiro, ligou para o 190 e mesmo assim, aquele pinguço ainda veio ameaçando os PM’S, dizendo que matava inclusive pulíça. Bem, o resto, ele sonhou muito no corró, durante a noite toda, regado a baldes de água. É mole?


Este é mais um caso de verdade, e qualquer semelhança é mera coincidência.