sábado, 30 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 033/09


Marival Furtado Vieira


Estando novamente em mais uma busca memorial, encontrei este caso que, ainda em decantação, e passado lá em PIRAPIRAPIROU, tentarei passar aos amigos internautas...

Uma jovem senhora, aproximando-se de seus quarenta anos de idade, como se diz no dito popular, chegando à idade da loba, tem uma filha de quatorze anos à qual está sob sua responsabilidade, já que a lobona é separada, sendo, portanto, pai e mãe daquela adolescente, ou melhor, “aborrecente”. Diariamente a mãe pede à filha para que esta lhe ajude nos trabalhos rotineiros de casa, porém aquela menor, sempre tem uma desculpa, dizendo que não pode, pois tem que estudar e na verdade, a jovem detesta escola. E sempre vai enrolando a mãe, chegando ao ponto desta sofrida rainha do lar, gritar desesperadamente e em tom de ameaça, para aquela jovem que só pensa em namorar.

Após o desespero e algumas ameaças de lhe bater, a filha reage respondendo se isto acontecer, a mesma irá denunciá-la junto ao Conselho Tutelar. Aquela mãe não tendo onde pedir ajuda, até porque se encontra em estado de descontrole emocional, pelo que sua filha prometera, e sem saber os direitos e deveres da menor, os quais são regidos por um Estatuto criado no governo Collor e talvez, repassado aos pais tal estatuto pelo Conselho Tutelar de Pirapirapirou sem a responsabilidade necessária, e colocando medo nos mesmos, os quais em sua grande maioria são oriundos da roça, e que não tiveram a oportunidade de estudo, pois naquela na época, em vez de estudo era trabalho.

Passados alguns minutos aquela senhora, lembra de uma sua vizinha, à qual tem dois filhos, hoje estes já adultos e concluindo suas faculdades, porém, criados debaixo de “peia” como a própria faz questão de citar. Chega a casa de sua vizinha ainda chorando e dizendo que não sabe mais o que fazer com sua filha, pois a mesma não estuda, não trabalha em casa e vive prometendo denunciá-la ao Conselho Tutelar de Pirapirapirou. Então aquela vizinha falante, diz: “Amiga, faz o seguinte, primeiro volta lá e dá uma surra bem dada na moleca e depois, manda te denunciar no Conselho”. Aquela vizinha chorona voltou e desceu o “cacete” naquela sua filha preguiçosa.

Passados dois dias, a lobona vai até a casa de sua vizinha contar a novidade e diz: “Minha vizinha, fiz como tu mandaste e adivinha o que aconteceu?” – Pois é, a menina está finíssima comigo e trabalhando mais do eu, inclusive voltou a estudar. Não me denunciou e até me pediu perdão. Este caso de verdade, não é para ser seguido conforme orientou aquela vizinha falante, porém é pra ser repensado e qualquer semelhança é pura coincidência.

domingo, 24 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 032/09


Marival Furtado Vieira

Em mais uma vez, procurando em diversos cantinhos de minha inesgotável mente, localizei este caso que como sempre, passa-se na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU, então vamos lá...

Um casal, hoje na faixa de seus cinquenta anos de idade, ela em seu quinto casamento, enquanto ele, já no quarto relacionamento, portanto, bastantes experientes quanto à convivência amorosa, porém ambos não conseguem absorver de como se viver bem em um relacionamento entre duas pessoas que se gostam. E como em meus casos de verdade não costumo dar nome aos “BOIS”, neste estarei criando duas personagens ainda que fictícias, ao marido chamarei de “MANE” e a mulher de “JOANA”.
Mane, em seu primeiro casamento, vive cinco anos e deste relacionamento ainda deixa cinco “frutos” e parte para o segundo, deixando em um ano de convivência, mais um fruto e no terceiro, não deu tempo de frutificar e partiu em seguida para o quarto relacionamento, este durável em onze anos, divididos em duas etapas de cinco e seis anos respectivamente, e entre uma e outra etapa, uma parada de dois anos separados, produzindo mais três frutos durante os cinco primeiros anos da primeira etapa e na última etapa, MANE consegue viver com JOANA os seis anos sem nenhuma produção e entre TAPAS E BEIJOS, como diz certo cantor sertanejo.

Após a separação de Mane e Joana, ambos combinam viverem sob o mesmo teto, uma vez que os dois não têm para onde ir, pois nas guerras de idas e vindas, durante os anos de suas vidas, não tiveram tempo de constituírem um patrimônio, a não ser um pequeno “BARRACO”, construído dentro de um “brejo”, o qual pertence a ambos. Mane, então separou em dois cômodos o barraco, ficando com a cama e guarda roupa, enquanto sua ex-mulher ficou com o fogão e as panelas no outro cômodo. O acesso de Mane ao cômodo de Joana, dava-se diariamente na hora da “BÓIA”, como ainda se diz em Pirapirapirou, o horário das refeições.

Durante um fim de semana, Mane resolve tomar “umas e outras” e ao chegar a seu barraco já quase amanhecendo, não encontra JOANA, pois esta tinha saído para se divertir no único ambiente denominado de ”XERECÃO”, chegando também em seu barraco, por volta das seis da manhã, onde era aguardada por seu ex-marido e MANE, o qual a xingou de"biscate" "rameira" e "prostituta", inclusive AMEAÇANDO-A DE MORTE. Joana ouviu atentamente as ofensas e ameaças dirigidas a ela e tascou: CHUMBO TROCADO NÃO DÓI, e retornou, dirigindo-se a DP daquela cidadezinha, a fim de registrar uma ocorrência de AMEAÇA contra aquele MANE. Esta é mais ou menos a vida safada que se leva em Pirapirapirou e qualquer semelhança, é mera coincidência.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 031/09


Marival Furtado Vieira

Novamente fazendo reboliço em minha memória, encontrei mais um caso, o qual estava nas profundezas de meu inconsciente e que trago a tona, para que os internautas também possam saborear das maluquices dos moradores de PIRAPIRAPIROU...

Certo dia, ainda começando o plantão da Delegacia de Pirapirapirou, aparece um camarada muito esquisito, para fazer uma queixa, como dizem por lá seus moradores, e iniciando suas informações, o mesmo diz que o marido de sua mulher (?) anda querendo lhe pegar e lhe matar e o motivo é que a mulher do dito cujo, agora está com ele, pois a mesma não quer voltar para sua casa e nem viver ao lado daquele imbecil, segundo ele.

Perguntado pela mulher, aquele declarante informa que não pode dizer onde a mesma está, pois o marido dela também está querendo pegá-la e acertar seu passe. Informado que ali ele pode dizer o paradeiro dela, pois se trata de uma Delegacia de Polícia e se o mesmo quiser fazer tal registro, terá que dizer para aquele policial, onde se encontra a bendita mulher ou caso contrário não será feito o registro. Ouvindo atentamente, ainda que desconfiado, disse ao policial que ela estava escondida em sua carroça e coberta por uma lona. O policial indo de encontro a sua carroça, lá não encontra ninguém e retorna perguntando pela mulher e o maluco responde que a mulher está na casa de sua mãe e que de lá não deixa nem mesmo a polícia tirar aquela jóia preciosa.

O policial observando seus modos, inclusive seus olhos negros e arregalados, desconfiou que o mesmo não era bom da cabeça e procurou saber se este tomava algum remédio, ao que respondeu, dizendo que tomava ANPLIQUITIL 100 mg e mais dois que não estava lembrado do nome.

Mais uma vez perguntado pela mulher, o “Zé doido”, respondeu que ela estava guardada dentro do guarda-roupa e que ela tinha hora que estava cheia e outra hora estava vazia e conversa vai, conversa vem, foi descoberto que a mulher que o maluco falava tanto ERA UMA BONECA INFLÁVEL, já bem surrada pelo tempo. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é pura coincidência.

sábado, 9 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 030/09


Marival Furtado Vieira

Estando novamente pesquisando em minha memória, algum fato passado na cidade de PIRAPIRAPIROU, bem lá num cantinho escondido, encontrei este...

Era noite naquela cidadezinha e como por lá quase não se usa motel, pois os casais de namorados, amantes e até os “duas faces”, usam a “moita” para fazerem amor. Em certa ocasião, uma jovem senhora casada aproximando-se dos trinta anos de idade, começou a namorar um jovem também casado, este na idade de vinte cinco anos e ambos já apaixonados um pelo outro, marcaram um encontro amoroso, o qual deveria ser em um local da roça do amante, ou seja, em baixo de um pé de café. Tudo acertado e o traidor dirigiu-se para o local e lá chegando, deu de cara com o esposo traído daquela jovem senhora e que perguntou o que ele estava fazendo ali naquele momento e este sem responder, saiu correndo e escondendo-se na mata fechada. O marido então de posse de uma arma de fogo, detonou um tiro para o alto e traidor ouvindo, embrenhou-se ainda mais naquela mata.

A mulher do traído então sem saber de nada o que estava acontecendo, foi ao local combinado, porém encontra seu esposo, que sacou de um sinto de couro e começou a surrá-la sem dó e sem piedade, deixando-a toda lesionada pelo corpo. Enquanto isso, seu namorado que estava escondido na mata, planejava como iria sair dali. Como tinha em sua posse um celular, pensou, vou ligar para o 190, e assim fez, subindo em uma árvore: “Polícia, aqui quem fala é o fulano de tal, encontro-me escondido em minha roça e gostaria que vocês me tirassem daqui, pois eu estava combinado com minha namorada em fazer amor debaixo do pé de café, porém seu esposo estava no local e me colocou pra correr e o mesmo está armado". Depois disso, deu as coordenadas de onde ele se encontrava naquele momento. Passados dez minutos a viatura da polícia chega ao local e liga o giro-flex e só assim aquele Don Juan saí da moita, exalando um odor de fezes muito forte. Será que ele é mais um cagão? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é pura coincidência.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 029/09


Marival Furtado Vieira

Como sempre faço valer a busca pela memória, a fim de imaginar algum fato pitoresco, engraçado e às vezes até trágico, passado ao longo dos anos e observado por mim, é que me vem à lembrança de mais um caso...

Estando a cidade de PIRAPIRAPIROU em festa, e como já disse em outros casos anteriormente, a duração destas, geralmente leva dois dias de muito baile, show com cantores importados de outras regiões e também com cantores locais e até à apresentação de um concurso de show de calouros, como fazia o nosso saudoso CHACRINHA.


O show de calouro em PIRAPIRAPIROU, não tinha a magnitude de um décimo sequer, daquele apresentado pelo VELHO GUERREIRO, porém, também era muito engraçado, até porque, o calouro em sua grande maioria, era filhos de agricultores, portanto, quase sempre, todos matutos, mais não tinham vergonha de se apresentarem perante toda aquela platéia que se encontrava para assistirem o referido show. E numa dessas festas em PIRAPIRAPIROU se apresentava como caloura, uma moça de aproximadamente vinte anos de idade, caipirona, porém malandra, e ao cantar a música “VEM PRÁ MIM”, apontava e gesticulava para um jovem que se encontrava com sua esposa e assistia ao show, momento em que sua querida esposa, perguntou se o maridão conhecia aquela “biscate” e o mesmo disse que era a fulana, filha do beltrano, portanto, conhecida da família de seu marido e não dela e que tinha a namorado quando ainda era solteiro.

A esposa enciumada após ouvir a resposta de seu marido, foi até o palco, onde se apresentava aquela fulana, puxou o microfone de suas mãos e deu-lhe um soco na “cara” daquela caloura atrevida e depois fazendo uso do referido microfone, falou em alto e bom som “Esta é menos uma biscate na minha vida”, momento em que chegou os organizadores da festa e fez a infratora deixar o palco. Em seguida, a vítima foi socorrida ao hospital local e após foi até a Delegacia de Polícia de PIRAPIRAPIROU para registrar uma ocorrência de lesão corporal e com o desejo de representar criminalmente a infratora, e assim sendo feito. Só não sei dizer o que rolou pra frente.
Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é pura coincidência.