Marival
Furtado Vieira
Era um dia de segunda-feira, e como alguns trabalhadores, como o pessoal da saúde, segurança pública, hotéis e vários outros órgãos que trabalham em regime de plantão, geralmente ganham suas folgas durante a semana, e até nos finais destas. Porém, na segunda-feira já citada, um destes trabalhadores e amante da pescaria, e que fazia parte da segurança pública, encontrava-se de folga e aproveitando um dia de sol maravilhoso que fazia naquele momento, pegou suas “traias” e partiu em companhia de mais dois amigos, os quais já eram aposentados, em busca de alguns lambaris, pacus e piaus, nas redondezas daquela cidadezinha.
Aqueles três amigos, após chegarem ao local, desarmaram suas traias e começaram a pescar, momento em que estavam ali despreocupadamente, por volta das onze horas, apareceu um trabalhador rural (roceiro) que após muito trabalho e suado pelo esforço que talvez já tivesse feito até aquele momento em sua roça, e que em vez de cavalo, pilotava uma moto com duas sacas de feijão na garupa, parando sua moto em cima de uma ponte de madeira sob o rio onde os três pescadores se encontravam, ficou observando durante uns dois minutos os três pescadores e em seguida gritou: “VÃO TRABALHAR BANDO DE VAGABUNDOS” e partiu em alta velocidade, deixando uma grande nuvem de poeira para trás e os três amigos de boca aberta!
Em tempo: Hoje
reproduzo mais este caso em homenagem póstuma a um grande amigo. Nunca uso o
sujeito, em meus Casos de Verdade, uso sim, o sujeito oculto. Porém, hoje, citarei o nome dos três amigos: O primeiro sou EU mesmo, o segundo o TIÃO e o
terceiro, infelizmente não está mais entre nós, pois Deus o chamou para sua
morada eterna. Saudades de nossas pescarias ZÉ ABBÁ. Valeu Rei do Lambari e fica com Deus. (Tião e Marival).