quarta-feira, 30 de maio de 2012

CASOS DE VERDADE Nº 135/12

Marival Furtado Vieira


Novamente me encontro em busca de mais um caso e para isso, venho forçando minha eloqüente memória e por incrível que pareça, localizei mais um, o qual se encontrava estocado em um cantinho de minha massa cefálica e que obviamente passo a contar...

Como já comentei anteriormente, em PIRA PIRA PIROU o que mais se encontra são pessoas humildes e desavisadas, sendo, portanto, presas fácies de caírem em golpes aplicados por estelionatários, mais conhecidos por pilantras, safados e sem-vergonhas.

Um senhor de aproximadamente 40 anos de idade, adentra àquela pequena delegacia de polícia, portando um celular e aos prantos falava com alguém, quando ainda chorando muito e totalmente descontrolado, passou o aparelho ao policial que estava de plantão, dizendo que seu filho estava seqüestrado e se encontrava nas mãos daqueles bandidos, então o policial ouvia do outro lado da linha, um choro fajuta entre várias outras vozes já conhecidas da polícia bem como ameaças de morte ao possível filho daquele senhor, caso não fosse repassado o valor de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), na conta-corrente que os pilantras repassariam.

Em seguida, o policial devolve o aparelho a seu dono, orientando-o para que o mesmo fosse negociando o resgate com os bandidos, enquanto alguém que acompanhava aquele pai, também foi orientado para ligar no celular do filho e verificasse se era ele mesmo que estava nas mãos daqueles nojentos.

Para surpresa daquele pai e não para a polícia, seu filho se encontrava naquele momento em seu local de trabalho, labutando e garantido o pão de cada dia, momento em que o policial de plantão pegou o celular de volta e começou a sacanear com aquele grupo de estelionatários se identificando como policial e ouviu de volta: “DESCULPA AI PULIÇA, ESSE FOI O GOLPE SCC, OU SEJA, SE COLAR COLOU, PORÉM FAIÔ”. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

sábado, 12 de maio de 2012

CASOS DE VERDADE Nº 134/12

Marival Furtado Vieira
Estando como sempre fazendo mais um rastreamento em minha memória, a procura de casos ou fatos, localizei este que me fez relembrar o tempo de adolescência. Veja...
Um jovem de aproximadamente 17 anos e morador da zona rural, chega à cidade aonde mora seu tio, a fim de estudar e aprender uma profissão, sendo inclusive um jovem de muita coragem e muito bravo, pois tratava as pessoas como se fossem seus animais, e por isso, sua mãe que não aguentando mais as ameaças constantes que fazia sem qualquer motivo a seus desafetos, só não colocando em prática porque as pessoas vendo aquele jovem forte como um touro, se acovardavam. E por isso mesmo,  encaminhou o menor  para seu irmão mais velho terminar de criá-lo e educá-lo.

Ao chegar à residência de seu tio, este sim, um senhor simplesmente educado, mesmo sem grandes instruções, porém já vinha criando seus filhos com respeito, mostrando-lhes que a vida é cheia de armadilhas e que os próprios, deveriam viver em comunidade com as pessoas, tratando-as com dignidade, respeito e muita educação.
Certo dia, aquele jovem já acostumado com a cidade, e tendo melhorado sua conduta, se assim posso dizer, seu tio que era comerciante em PIRA PIRA PIROU, pede ao mesmo que vá fazer uma cobrança a um de seus fregueses, sendo prontamente atendido e tendo sido  acompanhado por um de seus primos.
Ao chegar à residência do referido freguês, o jovem apresenta a cobrança ao cidadão, o qual se encontra estendido em uma rede e fala ao jovem: “DIGA A SEU TIO, QUE ESTOU ME VIRANDO” e o jovem em ato contínuo, pega com força no punho da rede, balança com violência e diz: “SEU CABRA SAFADO, ESTOU VENDO QUE VOCÊ ESTÁ SE VIRANDO MESMO É NESTA REDE, ME PAGA AGORA OU TE QUEBRO TODO. VAGABUNDO!” E o cara pagou. 

Este é mais um caso de verdade, qualquer semelhança é mera coincidência.