Marival Furtado Vieira
Mais uma vez percorrendo o imaginário de minha incansável
memória a procura de algum fato, demorou um pouco, porém encontrei mais um
caso, este passado há quase quarenta anos, senão vejamos...
Era exatamente o ano de 1973 e a cidadezinha de PIRA PIRA PIROU ainda não tinha
recebido aquela migração ocorrida a partir dos anos 80, portanto a cidade era
bem tranquila e muito calma, onde ali existiam os jovens que por questões de
educação familiar, tinham respeito pelos pais, pelos parentes, pelos mais
idosos e também muito respeito pelas famílias alheias e até pelos amigos.
Certa ocasião, um jovem pirapirense, o qual trabalhava em uma
empresa de renome nacional, enamora-se de uma linda morena, olhos grandes e
bonitos, corpo escultural, super-educada, honesta, um pouco tímida, porém muito
decente e amável. Pouco mais de três meses de namoro, aquele jovem faz seu
noivado com autorização dos pais da noiva. Ocorre que em seguida o jovem rapaz
é transferido para outra cidade e por lá fica quase três anos, com poucas
vindas até a cidade onde morava sua noiva e algumas vezes esta o visitava indo
até sua cidade. Pela distância e até pela imaturidade daquele jovem, acabou-se
envolvendo com grupos de amigos biriteiros e com isso, passou a beber com frequência,
esquecendo-se que era
noivo e a cada dia distanciando-se mais e mais daquela sua futura esposa, até
chegar ao ponto de escrever uma missiva para os pais de sua noiva, não tendo
como diz ele, coragem de enfrentá-los de frente, onde naquela carta terminava
ali seu noivado.
Ainda nos dias de hoje, aquela missiva direcionada aos pais
da noiva, encontra-se nas mãos daquela que poderia ter sido esposa daquele
jovem sem juízo, porém muito responsável com aquela moça linda e maravilhosa e
que não soube tê-la como sua mulher. Este é mais um caso de verdade e qualquer
semelhança é mera coincidência.