Marival Furtado Vieira
Certa ocasião, um
bandido bom de papo, teria
sido preso e encaminhado à delegacia de polícia daquela pequena e famosa
cidadezinha, sendo em seguida lavrado seu flagrante por estelionato. Ao ser inquirido pela
Autoridade policial, o marginal depôs a seu favor, explicando que ganhava a
vida aplicando vários golpes em
otários e, que jamais usou
algum tipo de violência, bem como, jamais teria feito uso de armas para
aplicação de seus golpes, e que usava
apenas a boa lábia, que segundo ainda aquele bandido safado, era muito
difícil alguém NÃO CAIR em seus contos.
Ainda
se vangloriando de seus feitos, contou seu
último golpe, antes desse que teria caído por descuido, dizendo que em um dia
de bastante movimento na cidade, ficou aproximadamente duas horas somente
observando o vai e vem de motociclistas e dali pode concluir que seria muito
fácil adquirir uma delas, pra ele legalmente, e aguardou o banco fechar, escolheu uma motocicleta seminova e pensou
consigo: É ESSA!
O proprietário da moto
ao montar em seu veículo foi
abordado educadamente pelo referido elemento, onde perguntava se
aquele cidadão não queria vender seu veículo, pois segundo ele, teria gostado
bastante da motocicleta e estaria ali pra comprar, dizendo ainda que pagaria
acima do valor de mercado e a vista. O cidadão se interessou e pediu o valor
bem acima de mercado, sendo aceito pelo comprador que pediu o número de sua
conta, lhe dizendo que mandaria
seu pai transferir para a referida conta o valor combinado. Em seguida, ligou na frente do vendedor para
uma pessoa e falou que teria achado a moto que serviria para seu pai e que o
mesmo fizesse naquele momento a transferência do dinheiro para a conta “tal”, pois o proprietário estava
ali com ele já na frente do banco aguardando tal transferência. Passado
aproximadamente dez minutos, após o telefonema, ambos foram até ao caixa
eletrônico e o comprador pediu ao vendedor que retirasse um extrato de sua conta
corrente e assim sendo feito, onde aparecia o valor combinado creditado em sua
conta. De imediato, foram ao Cartório local e aquele vendedor otário,
transferiu seu veículo para o safado bandido.
Como naquela
cidadezinha a maioria de seus moradores, são gananciosos e sempre gostam de levarem vantagem em tudo, porém,
o vendedor não observou que no final de seu extrato estava à observação que o
valor seria liberado no dia seguinte. Imagina o que aconteceu?
Este é mais um caso de
verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.