domingo, 31 de julho de 2016

CASOS DE VERDADE Nº 181/16

Marival Furtado Vieira

Quase todos os biriteiros que se casam e acreditam que ainda são solteiros e passam noites em  farras, entre amigos, jogatinas e romances amorosos, esquecendo-se de suas casas e por conseguinte de suas esposas e filhos. E um desses camaradas, morador antigo daquela cidadezinha, pai de dois filhos adolescentes que lhe adoravam, tinha uns amigos fiéis de fim de semana e de copo, os quais eram considerados como seus irmãos e eram uns tremendos gozadores, pois viviam contando piadas e tirando sarro dos amigos e principalmente daquele cabeçudo, como era conhecido e chamado pelo grupo, aquele pai e cachaceiro.

Era um final de semana como de costume para aquele grupo de amigos e como sempre faziam, um deles começou tirando sarro do cabeçudo e dizendo que sua mulher (do cabeçudo) teria espalhado na vizinhança que o mesmo mijava na cama depois que chegava da cachaçada, pois, segundo ela, o colchão vivia ensopado e era impossível alguém dormir com aquela catinga e toda vez que acontecia tal fato, sua mulher dormia no sofá, enquanto aquele pinguço dormia ao aroma de seu próprio mijo, sonhando com o capeta.

Após ouvir atentamente a gozação que estavam lhe impondo, o cabeçudo saiu de mansinho, sem ninguém perceber e foi até sua casa, e lá chegando, tirou o colchão da cama, colocou em cima de seu carro e foi até aquele bar, onde se encontrava momento antes com seus amigos e os chamou e mostrou o colchão, virando de um lado e de outro e perguntando se ali tinha sinal de mijo

Em seguida, achando-se ofendido e sem nenhuma resposta do grupo, dirigiu-se a delegacia de polícia para registrar uma ocorrência de difamação contra seus amigos. Pode?

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.