sábado, 9 de junho de 2018

CASOS DE VERDADE Nº 202/18



Marival Furtado Vieira

Em busca de mais um caso ou fato ocorrido naquela mesma cidadezinha, captei este, passado há longos anos...

Durante uma campanha política, onde naquela época era eleito quem podia mais, ou seja, quem tinha mais “money”  (dinheiro), para compra de votos e manter seus eleitores em currais eleitorais até a hora de votar, onde os assessores dos candidatos transportavam aqueles eleitores, ou melhor, aqueles cavalos de cabresto, até o local de suas zonas eleitorais.

Porém, para surpresa de um dos candidatos, um provável eleitor seu, pegou os 50% (cinquenta p/cento) do valor combinado, conseguiu fugir do curral eleitoral e foi imediatamente pra zona, não a eleitoral e sim para  a zona do baixo meretrício e começou a encher a cara.

Por volta das 16h00, o elemento já devidamente alcoolizado, ainda lembrou que teria que votar, naquele candidato que pelas costas, tratava-o como corrupto, safado, ladrão, canalha e outros adjetivos que me falha a memória no momento. Após pagar suas despesas, naquele lupanar, saiu ainda que cambaleando de um lado para o outro, trocando as pernas, uma vez que teria ingerido bastante cachaça e foi em direção ao local de votação, pagar sua dívida com o tal candidato, como dizia ele,  e pegar o restante de seu pagamento, pois pretendia retornar e continuar sua farra naquele ambiente de prostituição.

Ao chegar a seu local de votação, já bastante embriagado e alterado,  gritando e dizendo que queria votar e pronunciando a todo o momento, o nome de seu candidato, pois lhe devia obrigação, até porque teria vendido seu voto e teria recebido a metade adiantado, e estava ali pra cumprir com sua obrigação de homem de palavra. 

Em seguida, foi acionada a polícia que de imediato jogou o cachaceiro no camburão, levando direto para a delegacia de polícia, onde foi curar sua cachaça a mando de seu próprio candidato, que naquele momento se encontrava no local de votação do cachaceiro. Naquela época era assim: “Quem pode, pode, quem não pode, se sacode,” como se diz em um velho ditado. 

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.


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