domingo, 12 de setembro de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 100/10


Marival Furtado Vieira

Hoje, estou completando 100 (cem) CASOS DE VERDADE, desde quando pensei traduzir e trazer à público a realidade vivida pelas pessoas, as quais em sua maioria, tive a oportunidade em conhecê-las pessoalmente, até porque, grande parte delas estão relacionadas com minha profissão e portanto, daí extraí a matéria prima para este blog, respeitando suas imagens, nomes, locais e inclusive não dando nenhuma conotação e como já bem disse no meu primeiro caso de verdade, sempre AUMENTEI porém jamais INVENTEI, por isso o sugestivo nome.

Nos casos até aqui contados, todos, tive a responsabilidade em NÃO dizer onde se passou e para tanto, criei uma cidade fictícia denominada como PIRA PIRA PIROU, a qual está localizada ao norte do estado de Rondônia e que tal cidade vive exclusivamente do comércio, agricultura e pecuária, onde seus habitantes em sua grande maioria são oriundos dos estados do Sul, Sudeste, Centro-Oeste, poucos nordestinos e alguns perdidos nortistas, estes últimos, do qual faço parte e com a maior honra, sendo meus falecidos pais, denominados caboclos amazonenses, por terem nascidos e criados no baixo amazonas.

Estou tentando passar aos meus leitores internautas, que a partir de agora, deverei estar centrado apenas em escrever um livro, baseado em meu blog, porém cada estória deverá ter um título. Digamos que darei uma nova roupagem em cada caso e um título para o livro que deverei lançá-lo brevemente.

Meus casos de verdade sempre foram editados em meu blog, aos domingos, durante quase dois anos e que daqui para frente, talvez ainda escreva alguma coisa como Casos de Verdade, porém sem a responsabilidade dominical como vinha fazendo até hoje. Obrigado aos meus leitores e aguardem brevemente o lançamento de meu livro.

domingo, 5 de setembro de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 099/10


Marival Furtado Vieira

Outra...

Era final de plantão naquela delegacia de polícia, quando a PM entrega ao comissário um beberrão, o qual estava tão embriagado que chamava cachorro de “cacho” e urubu de meu “louro”.
Como aquele comissário se encontrava totalmente cansado de tanta ocorrência que teria atendido, falou para aquele bebum que o mesmo iria puxar um corró (cela para presos de rotina) e o próximo plantonista (também comissário) é quem deveria resolver o problema daquele cachaceiro e meteu o bicho atrás das grades, antes, porém, se achando importante, e usando de um vocabulário de alta qualidade, uma gramática impecável e uma didática de que só as velhas raposas políticas as têm, o biriteiro ainda perguntou: Quem é você? Você não pode recolher uma autoridade, pois sou uma grande autoridade e ainda vou mandar lhe prender por abuso de autoridade. O comissário mesmo assim e ainda imaginando que poderia ser verdade o que o bebum falava, deixou-o de molho naquele corró e se mandou para o seu merecido descanso ao lado de sua família, após vinte quatro horas, de muitos pepinos acontecidos naquele plantão.

Já no comando de outro comissário, este por volta das duas da tarde, vai ao corró e retira o aloprado, que naquelas alturas do campeonato, já estaria quase bom de sua cachaçada a fim de liberá-lo e começa a passar-lhe antes, aquele sermão aplicado a todos os bêbados fregueses da delegacia.

E na oportunidade, por não conhecê-lo ou tê-lo visto antes, ainda pergunta o que aquele biriteiro fazia? Onde trabalhava, onde morava e com quem morava? E a resposta foi a seguinte e bem malcriada: você não tem nada com isso, se trabalho, onde moro e se moro com alguém, pois a vida é minha e não lhe interessa. O comissário ainda perguntou: você não disse para o meu colega que era uma grande autoridade? Então agora mostra sua credencial. E mais uma vez o bebão falou: como disse antes, você não tem nada com isso e o comissário já enfezado responde: Já que não tenho nada com isso, então vou te meter novamente no corró e assim foi feito, deixando o mesmo por mais um dia naquela cela imunda, não se sabendo até hoje, se era ou não verdade a conversa daquele elemento. Pois nunca mais foi visto em PIRA PIRA PIROU. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência. Hoje faço uma homenagem a mim e a minha esposa e companheira Rosinha que exatamente há dez anos casamos no civil, isso após quase cinco anos de aprendizado e que nos rendeu à partir de 05.09.2000, só felicidade, paz e muito amor. Graças ao nosso bom Deus.