quarta-feira, 2 de novembro de 2011

CASOS DE VERDADE Nº 123/11


Marival Furtado Vieira
Em peregrinação pelos circuitos elétricos de minha inesquecível memória em busca de algum fato, achei mais um que passo a narrar, e este é realmente um caso parecendo brincadeira, porém é a mais triste realidade.

Estando em meu local de trabalho como de costume, me aparece naquela pequena delegacia, um casal da raça negra, onde a mãe de aproximadamente 24 anos de idade, trazendo em seus braços um bebê aparentando dois meses de idade, este, porém de pele alvíssima e aparentemente bem cuidado, como também a própria mãe, não tendo a mesma sorte o homem que os acompanhavam, trajando roupas sujas, como se estivesse trabalhando na roça, barba e cabelo por fazer e na cabeça usando um surrado boné e pela sombra deste, aparecia um chifre permitido.

Porém, este cidadão se antecipa e pergunta o que fazer com uma mulher que tem dois maridos? E o outro não pretende mais ajudar a manter a mulher? Perguntado quem seria a mulher, aquele cidadão aponta pra sua companheira, dizendo que ela é sua mulher, porém há seis anos, fizeram um acordo entre eles e um amigo, onde constava que sua mulher serviria sexualmente ao amigo toda vez que aquele amigo (?) necessitasse dos prazeres sexuais em troca de uma pequena quantia mensal como ajuda, porém em um descuido daquela coitada, a mesma engravidou e veio a ter aquela criança que se encontrava ali em seu colo. Após o bebê nascer, o marido tentou mostrar ao amigo que a criança não tinha a cor negra igual ao casal e sim era branca como daquele dito amigo e este como tem alguma posse, resolveu sair fora, como diz o marido, informando que o filho não era seu. Depois disso, o amigo não quis mais saber de transar e nem tampouco ajudar financeiramente o casal como sempre fazia.

Vendo que seu mui amigo não queria assumir a criança, então a registrou como sendo seu filho e por isso mesmo, foi até aquela delegacia pra saber de seus direitos, informando ainda que é analfabeto, porém não é burro, (ah! burro não é mesmo, porém é muito interesseiro e safado...), dizendo que seu amigo é bem de vida e que a criança é a cara dele. Perguntando ainda como faria pra provar que a criança era de seu amigo, pois este tem outros filhos e, portanto, quis saber se a criança em tela fosse filho realmente do outro, teria os mesmos direitos dos filhos daquele amigão? O que você acha? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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