terça-feira, 4 de agosto de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 042/09


Marival Furtado Vieira

Como faço sempre, mais uma vez fico a pesquisar em minha memória um fato engraçado e me vem a lembrança este, que como os outros, passados na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU...

Certo cidadão, sendo um grande paizão para seus dois filhos, um marido exemplar para sua mulher, ex-colega de trabalho de um grupo de amigos que geralmente se reuniam todas as sexta-feira, após cumprirem suas obrigações profissionais, para jogarem bozó ( jogo em uma caneca de couro com três dados) e automaticamente regado a cerveja, à qual se estendia para aquele grupo até alta madrugada, porém, este mesmo cidadão, um brincalhão por natureza, gozador e contador de piadas, quase nunca, ia até a madrugada com aquele grupo de amigos, pois sempre estava preocupado com seus filhos e principalmente com sua madame, que por sinal, aqueles amigos a taxava de DONA ENCRENCA.

Um dia, aquele cidadão após sua labuta semanal, como sempre fazia, após participar juntamente com aquele grupo de mais uma rodada se cerveja e o já tradicional jogo de bozó, esqueceu da hora, pois já passava das onze da noite, quando dona encrenca chega e vai logo rodando a baiana, dizendo para aquele grupo: Seus safados, vocês não tem o que fazerem? Pois meu marido tem e vocês estão botando o mesmo a se perder. Vamos embora fulano, pois lá em casa a gente conversa.

Aquele grupo de amigos já conhecia a dona encrenca, porém jamais imaginaria que a mesma fosse capaz de arrancar seu amado da mesa de bar daquele jeito e fazer ameaças aquele homem, que na frente daqueles amigos, era um santo e até servia de chacota porque o mesmo não acompanhava aqueles baderneiros, como era conhecido o citado grupo pela dona encrenca. Os amigos ficaram preocupados naquele dia, imaginando o que poderia acontecer para aquele seu colega quase de farra. Na segunda feira da semana seguinte, o grupo ficou a esperar o amigo na porta da firma em que trabalhavam, para saber o que teria acontecido e ao chegar, a turma foi logo perguntando o que houve na sexta e o que dona encrenca teria arrumado e a resposta foi a seguinte: Dona encrenca arrumou toda a minha roupa no quintal, fazendo um monte e botou fogo, e o pior foi que a mesma usou um documento importantíssimo da firma para fazer a referida fogueira, deixando apenas esta que estou no corpo. Não estou preocupado com a roupa e sim com o referido documento que estava em casa para adiantar o serviço, não sabendo o que vou fazer? E o grupo de amigos disseram aquele cidadão que não teria problema, pois ninguém iria falar sobre o referido documento e até hoje, ninguém abriu o bico, se não, era cana na certa. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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