domingo, 24 de janeiro de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 067/10


Marival Furtado Vieira

Em verificação pelas brechas memoriais a procura de algum fato ocorrido na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU, que me chamasse atenção, foi encontrado este...

Um ladrãozinho marca borra bota, como são chamadas por aqui aquelas pessoas medrosas e que correm de tudo, saiu de sua casa e foi à procura de alguma coisa para furtar, pois o negócio estava feio para seu lado, até porque sua amada encontrava-se esperando um bebê por aqueles dias e até aquele momento, não tinha comida e principalmente o enxoval da criança não tinha sido comprado por falta de verba e que segundo aquele mesmo ladrãozinho, já teria ido várias vezes em busca de alimentação e também do material de seu baby, porém a coisa estava ficando preta, pois estava se tornando muito difícil furtar o comércio local, tendo em vista que o centro comercial, onde realmente poderia encontrar a possibilidade de conseguir alguma coisa, estava bem vigiado pelos papas-serenos e pelas guarnições de policiais PM’s que vivem fazendo ronda e como PIRA PIRA PIROU é uma cidade pequena, portanto, fácil de ser controlada pelas autoridades policiais.

Como o safado daquele ladrão borra bota, não estava conseguindo furtar nada, veio à ideia de chamar uma sua colega de noia e pilantragem, para juntos aplicarem um golpe no papa sereno de uma das lojas e combinaram tudo, momento em que sua colega chegou perto do guarda e começou a levar um papo com aquele trabalhador noturno, sendo um senhor de 65 anos e este entrou na conversa da vagabunda, enquanto o borra bota, a esperava escondido em um local ermo. A pilantra após se jogar pra cima do guarda lhe pediu emprestado o celular, pois segundo ela, precisava ligar urgentemente para sua mãe e sendo atendida, pegou o telefone e pediu licença ao mesmo para se distanciar, pois segundo ela, a conversa com sua genitora seria desagradável e fez menção que estava falando e se afastava cada vez mais, sumindo na escuridão.
Após perceber o golpe, aquele papa-sereno sai à procura da bandida e encontra com o ladrãozinho, que já estava de posse do celular, o qual tentou desviar a atenção daquele guarda, quando este, percebeu que teria visto de longe o vagabundo conversando com a pilantra, pegou um pedaço de madeira e colocou o borra bota pra correr e este já não mais aguentando a correria, jogou o celular fora. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.

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