domingo, 16 de maio de 2010

CASOS DE VERDADE Nº 083/10

Marival Furtado Vieira

Continuando a navegar pelos líquidos cefálicos de minha imaginável memória, prossegui e encontrei este caso mergulhado nas profundezas de meu inconsciente, como digo sempre, passado na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU...
Dois pinguços oriundos da zona rural resolvem divertirem-se na cidade e para tanto, deixaram seus cavalos de aço (motocicletas) em suas residências e fizeram uso de um fusquinha bem derrubado, que só funciona no tranco e que é de propriedade de um deles, porém ambos biriteiros chegam à rua, como é conhecido por aqui, o centro de PIRA PIRA PIROU e pra começar, tomam de imediato, três doses de pinga cada um e procuram a zona do baixo meretrício a fim de encherem a cara e curtirem a vontade.


Por volta de uma hora da manhã, os dois já com seu teor alcoólico bastante elevado, após se satisfazerem com algumas damas da noite, tendo contraído uma dívida altíssima, somando-se ai, o consumo de bebidas alcoólicas, cigarros, tira-gostos, e chaves pra uso dos quartos (reservados), momento em que foram cobrados pelo proprietário daquele estabelecimento e que os mesmos se negaram a pagar o valor, pois achavam que estavam sendo roubados, enquanto o trio travava aquela discussão, as damas da noite já fora do ambiente colocavam uma corrente no pára-choque dianteiro do fusquinha e laçando em volta de um poste de energia, onde colocaram um grande cadeado, deixando assim aquele besourinho totalmente nocauteado e acorrentado, sem condições de se mover, nem mesmo no tranco.

Quando aqueles zoneiros, tanto do campo como da zona, tentaram saírem correndo em direção a seu veículo, notaram a maldade que fizeram com o fusquinha e ai tentaram convencer aquele comerciante da noite a pendurar a conta e dizendo que realmente não tinham mais dinheiro, porém ficando acertado que o fusca ficaria e assim que os dois pagassem a dívida, o belo besourinho seria liberado.

Por volta das quatro da manhã, aquele prostíbulo já se encontrava totalmente fechado, quando os dois biriteiros retornam, como se fossem pé de pano, com algumas chaves nas mãos e tiram o pára-choque daquele fusquinha e se mandaram pelo resto de noite afora, deixando para trás apenas o pára-choque amarrado ao poste. Pela parte da manhã, o proprietário do ambiente, encontra uma identidade de um dos elementos ao lado do pára-choque do referido fusquinha e percebe que foram eles que levaram o veículo. Em seguida, o dono daquela casa de prostituição, procura a pequena Delegacia de Polícia comunicando o fato e querendo que fosse registrado um FURTO DE VEÍCULO. Informando ainda que os autores do furto, era os dois safados. Pode? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.

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