terça-feira, 31 de maio de 2011

CASOS DE VERDADE Nº 114/11



Marival Furtado Vieira

Refrescando minha inusitada memória em busca de mais um caso, localizei um em um cantinho escondido e como sempre passado em PIRA PIRA PIROU...

 Nos idos dos anos 70, uma família de pioneiros daquela cidadezinha, composta por cinco pessoas, entre crianças e adolescentes, além de seus pais, vivendo e levando suas vidas normalmente, como qualquer outra família de trabalhadores, suando para não deixar faltar nada para seus filhos, principalmente na parte alimentícia e por incrível que pareça, realmente não faltava.

Dois dos filhos do casal eram gêmeos e bem raquíticos, com aproximadamente oito anos de idade, porém comiam igual gente grande, e certa ocasião, já estudando no Jardim de Infância de uma escola dirigida por irmãs de caridade (freiras) e quase nunca participavam do recreio, pensando só “naquilo.”

Não tinha páreo duro para a dupla, conhecida por sete bóia, pois ambos se armavam de pratos e colheres e metiam ficha, sem dó e nem piedade, sendo observados com espanto por seus coleguinhas pelas peripécias alimentar daquelas duas figurinhas que pareciam serem brocadas e mortas de fome.

Como a dupla já estava famosa e dando prejuízo para aquela escola, a Irmã diretora mandou chamar os responsáveis pelas duas crianças, indo responder pelas as mesmas sua mãe, onde foi indagada por aquela religiosa, após alguns rodeios, se a dupla vinha passando fome em casa, momento em que aquela mãe sabedora das gulodices de seus filhos, respondeu que eles sempre foram bons de garfo, dizendo inclusive que ao chegarem da escola, a primeira coisa que faziam era comerem alguma coisa, pois chegavam reclamando de estarem com fome.

 Após ouvir atentamente as explicações daquela coitada mãe, a Irmã diretora disse categoricamente que ambos estariam praticando um dos sete pecados capitais, ou seja, a GULA ou então estariam com uma bruta SOLITÁRIA. Desconfiada aquela mãe, manda fazer exame de fezes em seus dois filhos e no resultado não foi constatado nada de anormal e hoje ambos estão próximo dos quarenta anos, continuam raquíticos e continuam sendo chamados de sete bóia e comendo igual a dois animais.

Alguns dias atrás, os gêmeos foram até um restaurantente daqueles que pode servir-se apenas uma vez e tiveram a ideia de compactar a comida no prato, tipo uma camada de arroz e compacta bem com uma colher, uma camada de macarrão e também compacta, outra camada de carne e compacta, e assim por diante. Não imaginavam eles que o proprietário do restaurante observava de longe a façanha da dupla e na hora de pagar, tiveram que cair com o valor três vezes mais. É mole? Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

Nenhum comentário: