Marival Furtado Vieira

Certo dia, naquela mesma cidadezinha de Pirapirapirou, entra naquela também pequena Delegacia de Polícia, um jovem aparentando dezoito anos de idade, sendo este de cor branca, tipo “polaco”, cabelos loiros e espeta caju, boa aparência, unhas bem feita e mais perfumado que filho de barbeiro, e começa declarando para àquele plantonista que gostaria de registrar uma “queixa”, como é conhecido por lá o registro de ocorrências policiais e que seria contra seu próprio pai.
O plantonista então para tomar conhecimento do que estava acontecendo, pergunta para aquele jovem, o que seu pai teria lhe feito e este responde que se encontrava trabalhando na colheita do café com seu pai, um senhor de setenta anos de idade, porém por volta de dez horas, sentiu-se cansado e foi tirar uma “palhinha”, segundo ele, e que tal palhinha foi até as doze horas, momento em que seu pai o pegou dormindo e roncando debaixo de um pé de café e começou a xingá-lo de preguiçoso, vagabundo, irresponsável, filho de uma égua e etc. Aquele polaquinho tipo “mauricinho”, sentindo-se ofendido e desrespeitado por seu pai, achou-se no direito de registrar uma ocorrência policial, montando em sua motocicleta e trafegando quase trinta kilometros, somente para “caguetar” o seu “velho”.
O plantonista após ouvi-lo atentamente a denúncia formalizada por aquele cabra safado, levantou-se de sua mesa, chamou aquele polaco no canto e começou a passar-lhe um sermão, dizendo que realmente ele era preguiçoso, vagabundo, irresponsável, filho de uma égua e o pior de tudo um TREMENDO CAGUETA e que vazasse dali o mais rápido possível, caso contrário, o meteria no xilindró e o polaco sumiu como um foguete. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é pura coincidência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário