domingo, 24 de maio de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 032/09


Marival Furtado Vieira

Em mais uma vez, procurando em diversos cantinhos de minha inesgotável mente, localizei este caso que como sempre, passa-se na cidadezinha de PIRA PIRA PIROU, então vamos lá...

Um casal, hoje na faixa de seus cinquenta anos de idade, ela em seu quinto casamento, enquanto ele, já no quarto relacionamento, portanto, bastantes experientes quanto à convivência amorosa, porém ambos não conseguem absorver de como se viver bem em um relacionamento entre duas pessoas que se gostam. E como em meus casos de verdade não costumo dar nome aos “BOIS”, neste estarei criando duas personagens ainda que fictícias, ao marido chamarei de “MANE” e a mulher de “JOANA”.
Mane, em seu primeiro casamento, vive cinco anos e deste relacionamento ainda deixa cinco “frutos” e parte para o segundo, deixando em um ano de convivência, mais um fruto e no terceiro, não deu tempo de frutificar e partiu em seguida para o quarto relacionamento, este durável em onze anos, divididos em duas etapas de cinco e seis anos respectivamente, e entre uma e outra etapa, uma parada de dois anos separados, produzindo mais três frutos durante os cinco primeiros anos da primeira etapa e na última etapa, MANE consegue viver com JOANA os seis anos sem nenhuma produção e entre TAPAS E BEIJOS, como diz certo cantor sertanejo.

Após a separação de Mane e Joana, ambos combinam viverem sob o mesmo teto, uma vez que os dois não têm para onde ir, pois nas guerras de idas e vindas, durante os anos de suas vidas, não tiveram tempo de constituírem um patrimônio, a não ser um pequeno “BARRACO”, construído dentro de um “brejo”, o qual pertence a ambos. Mane, então separou em dois cômodos o barraco, ficando com a cama e guarda roupa, enquanto sua ex-mulher ficou com o fogão e as panelas no outro cômodo. O acesso de Mane ao cômodo de Joana, dava-se diariamente na hora da “BÓIA”, como ainda se diz em Pirapirapirou, o horário das refeições.

Durante um fim de semana, Mane resolve tomar “umas e outras” e ao chegar a seu barraco já quase amanhecendo, não encontra JOANA, pois esta tinha saído para se divertir no único ambiente denominado de ”XERECÃO”, chegando também em seu barraco, por volta das seis da manhã, onde era aguardada por seu ex-marido e MANE, o qual a xingou de"biscate" "rameira" e "prostituta", inclusive AMEAÇANDO-A DE MORTE. Joana ouviu atentamente as ofensas e ameaças dirigidas a ela e tascou: CHUMBO TROCADO NÃO DÓI, e retornou, dirigindo-se a DP daquela cidadezinha, a fim de registrar uma ocorrência de AMEAÇA contra aquele MANE. Esta é mais ou menos a vida safada que se leva em Pirapirapirou e qualquer semelhança, é mera coincidência.

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