domingo, 21 de junho de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 036/09


Marival Furtado Vieira

Estando como sempre a procura de mais um caso guardado em minha memória, encontrei este, que como sempre passado na mesma cidadezinha de PIRAPIRAPIROU...Em uma certa família humilde, porém honrada, composta, de pai, mãe, filhos netos e sobrinhos, onde o chefe maior era o "pai avô", homem este rude, ignorante, grosseiro e muito bravo com sua família, entretanto, a criação, formação e educação dos demais, era de sua responsabilidade e por isso mesmo não admitia nada de errado por parte de seus filhos, netos e sobrinhos, inclusive tratando os filhos já casados ainda debaixo de “pau”.

Em uma ocasião, um dos sobrinhos, este não morador daquele local, porém frequentava a casa do tio com bastante frequência, chegou durante a noite, muito embriagado, pois o mesmo teria perdido o coletivo (ônibus circular) e pediu aos primos para dormir ali, só que, como todo bêbado é chato, valente e rico, este, porém, era engraçado, pois começou a contar piada para uma platéia de primos e netos, sendo motivo de muitas "risadas e gargalhadas".

O velho no conforto de seu quarto, ouvia aquelas gargalhadas, as quais começaram a perturbar o seu sossego e já não aguentando mais tantos risos, levantou-se de sua cama, pegou um cinto e foi até a sala, onde estava acontecendo aquela bagunça toda, já por volta de meia-noite e gritou: “O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI SEUS BANDOS DE SENVERGONHAS?”. Houve um silêncio total, e gente se olhando, todos com medo, pois já conheciam os costumes e modos que o velho operava. Em seguida, aquele senhor já na faixa de seus setenta anos, reconheceu o sobrinho embriagado, o qual era motivo de tanta graça e desceu o “cacete” e este, levantando-se ainda que tropeçando nos móveis, vazou do local e dizem as más línguas que nunca mais o mesmo apareceu na casa do tio. Qualquer semelhança é pura coincidência.

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