domingo, 20 de setembro de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 049/09


Marival Furtado Vieira

Como um peixe que mergulha na água, aqui estou mergulhando pelas veias imaginárias de minha memória, somente em busca de mais um caso, e bem lá no fundo, encontrei este, que como os outros, também, passado na cidade fictícia de PIRA PIRA PIROU. Lá vai...

Estava a cidadezinha em festa, e como os seus moradores, que diga-se de passagem, a maioria, trabalhadora e que labutam de sol a sol, porém, nestas datas festivas, aproveitam o máximo, com festança na praça local e após, dançando muito forró na única casa de show, apelidada de “Xerecão”. Enquanto a minoria, filhos de trabalhadores e alguns pés-inchados, que não tiveram a sorte de muitos outros e caíram nas “drogas” e hoje, são totalmente dependentes químicos e alcoolátras que, vivem praticando pequenos furtos, para manterem seus vícios, porém participam das festas, tanto na praça local como no rala-bucho Xerecão.

Um desses noiado, adentra a pequena Delegacia de Polícia e pede ao policial de plantão que deseja ver sua nova amante, também noiada, pois esta havia entrado em vias de fato com a ex-amante do referido figuraço, a qual também fazia parte do grupo. Como aquele amante nogento, encontrava-se embriagado, sujo e cheirando mal, o policial pediu educadamente para o mesmo retirar-se, inclusive informando que as duas bacanas tinham sido liberadas, até porque, ambas manifestaram o desejo de não representarem uma contra a outra. No entanto, o referido elemento, ainda de porre, falava mais do que a “preta do leite” e dizia que queria ficar no lugar de sua nova amante, pensando ele que a mesma encontrava-se vendo o sol quadrado. Depois de muita explicação para aquele cachaceiro e noiado, o policial lhe falou: “Fulano é o seguinte, tu vaza daqui o mais rápido possível, se não te meto no corró e tem mais, se tu me aparecer aqui até as oito da noite, pode esperar, tu vai sarar tua cachaça no "xilindró” e o caboclo sumiu, levando junto sua catinga de bicho imundo.

Quinze minutos antes das oito da noite, deste mesmo dia, o vagabundo foi apresentado pela PM, a qual dizia que o mesmo estava perturbando o sossego da vizinhança, e o policial que após ver de quem se tratava, METEU-LHE NO CORRÓ, regado a muita água. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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