domingo, 28 de agosto de 2011

CASOS DE VERDADE Nº 119/11



Marival Furtado Vieira


Em mais uma peregrinação pelo mundo envolvente de minha eloquente memória em busca de casos, lembrei deste...

PIRA PIRA PIROU é uma cidadezinha cheia de mistérios e por isso mesmo, sua população a ama com todo o fervor, chegando ao ponto de serem bairristas, aonde os mais exaltados e com orgulho, chegam a brigarem em defesa deste paraíso, como dizem por aqui os pirapirenses. 

Certo dia chega àquela cidade um forasteiro, vindo do sul do país, a fim de comprar terras por estas bandas do norte e fincar moradia, onde segundo ele, criaria gado de corte. Após visitar algumas fazendas da região, aquele senhor aparentando cinquenta anos de idade, retorna a cidade de PIRA PIRA PIROU e procura diversão, onde encontra um barzinho bem movimentado e começa a encher a cara em companhia de alguns frequentadores do local, fazendo amizade e pagando “todas”. Por volta das duas da manhã, o ilustre visitante já com seu teor alcoólico bastante alterado, começa a denegrir a imagem da cidade, dizendo que isso aqui é o “C” do Brasil, cagando pra Bolívia, dizendo que no máximo, aqui se criaria bem mesmo, era bodes, cabras e ovelhas.

Ao ouvir tais palavras daquele forasteiro, os biriteiros que o acompanhavam em sua cachaçada não gostaram das palavras taxadas e direcionadas a PIRA PIRA PIROU e desceram o braço, quebrando dois dentes e fraturando um dedo da mão direita daquele senhor, inclusive lhe ameaçando de morte, caso o mesmo continuasse a falar mal da cidade. Após ser socorrido ao Hospital local, o forasteiro foi até aquela delegacia de polícia registrar uma ocorrência policial de lesão corporal e ameaça, dizendo que tal registro era apenas pra segurança e que naquele momento não pretendia representar criminalmente contra ninguém, até porque, estava desistindo de fazer moradia por estas bandas, uma vez que o povo do local é muito bairrista. No dia seguinte, ninguém mais viu tal elemento em PIRA PIRA PIROU. É MOLE?... Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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