Marival Furtado Vieira
Durante uma campanha política, onde naquela
época era eleito quem podia mais, ou seja, quem tinha
mais dinheiro para comprar votos e manter seus eleitores em currais
eleitorais até a hora de votar, onde os assessores dos candidatos transportavam
aqueles eleitores até o local de suas zonas eleitorais.
Porém, para surpresa de um dos candidatos, um
provável eleitor seu, pegou os 50% (cinqüenta p/Cento) do valor
combinado, conseguiu fugir do curral eleitoral e foi imediatamente
pra
zona, não a eleitoral e sim a zona do baixo meretrício e começou a
encher
a cara.
Por volta das 16h00, o elemento já devidamente
alcoolizado, ainda lembrou que teria que votar, naquele candidato
que pelas costas, tratava-o como corrupto, safado, ladrão, canalha e
outros adjetivos que me falha a memória no momento. Após pagar suas despesas,
saiu ainda que cambaleando de um lado para o outro, trocando as pernas, uma
vez que teria ingerido bastante cachaça e foi em direção ao local de
votação, pagar sua dívida com o tal candidato, como dizia ele e pegar o restante
de seu pagamento.
Ao chegar a seu local de votação, já bastante alterado e
dizendo que queria votar e pronunciando a todo o momento
o nome de seu candidato, o qual pra ele era safado, mas lhe devia
obrigação, até porque teria vendido seu voto e teria
recebido a metade adiantado, e estava ali pra cumprir com sua obrigação de
homem
de palavra. Em seguida, foi acionada a polícia que de imediato jogou o cachaceiro
no camburão, levando direto para a delegacia de polícia, onde foi curar
sua cachaça a mando do dito candidato, que naquele momento
se encontrava no local de votação do cachaceiro. Naquela época era assim: “Quem
pode, pode, quem não pode, se sacode,” como se diz em um
velho ditado. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é
mera coincidência.
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