domingo, 30 de junho de 2019

CASOS DE VERDADE N° 215/19


Marival Furtado Vieira  

Esta, eu não tenho certeza se é verdade ou mentira, pois apenas ouvi da boca de um dos personagens. 

Um casal ribeirinho vivia feliz com seus quatro filhos, todos adolescentes, sobrevivendo exclusivamente da caça e pesca, bem como, de uma pequena roça. Segundo o personagem, que me contou esta história, ou sei lá, se é uma estória, pois este mesmo personagem é o filho mais velho do casal e que na época, estava com quinze anos de idade

Era época de vacas magras, como se diz em um velho ditado, quando a pesca e caça não está fácil. Seu velho pai sai muito cedo para caçar e tentar trazer pelo menos um animal para servir para à alimentação daquele dia, pois já não tinha nada para o almoço da família e o peixe também estava muito escasso. Por volta das dez horas, a família se alegra ao ouvir um tiro vindo de dentro da mata, onde imaginavam que seu pai teria livrado o almoço da galera e ficaram aguardando sua chegada, o que não aconteceu até o meio dia. 

Então sua mãe grita da janela “OLHA O BOTO BATENDO, CORRE LÁ MENINO QUE Ė SINAL DE PEIXE" E ao chegar na margem do rio, o personagem observou que o boto teria jogado na lama existente naquela beira do rio, UM TAMBAQUI de aproximadamente um metro, momento em que àquele adolescente lutou bravamente com o tambaqui, até conseguir dominar o bruto, ficando os dois totalmente enlameados e abraçados, parecendo dois enamorados. Já no final da tarde, seu pai retorna entristecido por não ter conseguido alimento para a família, não sabendo ele, da festa que fizeram com um belo assado de tambaqui

Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança é mera coincidência.

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