sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 016/09


Marival Furtado Vieira

Minha memória rodou, rodou, passeou e passeou pela massa cefálica, até localizar um dos fatos engraçados que tinha guardado há muito tempo e hoje torno a público, porque também fiz parte desse time de futebol, sendo hoje ainda torcedor deste moleque travesso, o qual foi motivo de chacota, tendo em vista ter aparecido no Jornal Nacional como o segundo pior time do Brasil.
Um amigo de longos anos, extremamente folclórico, porém um cara de coragem, conhecedor profundo e amante da bola, diga-se de passagem, dono do time de futebol citado acima, o qual participou por várias vezes de campeonatos amadores, chegando inclusive a disputar por vários anos o campeonato estadual profissional. Este mesmo amigo é presidente, técnico, massagista, roupeiro e etc., perpetuando-se no cargo de presidente, não por sua vontade, mais pela falta de coragem de alguns desportistas que aquele amigo visitou e tentou passar por diversas vezes a presidência, afim de levantar o clube que já vinha caindo há anos. Mas vamos ao caso:

Quando o time disputava há muitos anos atrás, o campeonato amador, até que era um time de respeito, frente aos seus adversários, chegando à ocasião a vice-campeão e com isso, o nobre presidente para agradar os jogadores, até como forma de compensação, prometeu levá-los até a Bolívia (Guayará-Mirim). O presidente então negociou com alguns diretores de um clube boliviano, não me recordando o nome, para disputar uma partida de futebol com seu time e assim ficou combinado o dia e hora do jogo e, por conseguinte o valor acertado.
Os atletas ficaram hospedados em um hotel de quinta categoria, almoçaram, jantaram e tomaram bastante paçenha (cerveja boliviana), pois só iriam jogar no dia seguinte, e após o jantar, os atletas saíram pela cidade e tomaram mais e mais cerveja, até o amanhecer, e mandavam pendurar em nome daquele presidente que também para não perder a boquinha, participava da cachaçada. No dia do jogo, adivinha quem ganhou? Claro, os bolivianos e como o acerto era de quem ganhasse a partida levaria toda a renda, imagine como ficou nosso amigo presidente, pois o mesmo teria que acertar as despesas do hotel e de alguns bares, onde aqueles jogadores brasileiros farrearam.
Como o nobre presidente resolvia tudo que aparecesse na sua frente, teve a ideia de falar para os credores que não tinha dinheiro para pagá-los naquele momento, porém que dessem suas contas bancárias que assim que chegasse a sua terra, estaria depositando os valores. Agora eu pergunto ao internauta, será que ele depositou? Toda e qualquer semelhança é pura coincidência.

Nenhum comentário: