domingo, 18 de outubro de 2009

CASOS DE VERDADE Nº 053/09

Marival Furtado Vieira



Em um pequeno toque nas veias adormecidas de minha memória em busca de casos ocorridos no passado, e em um cantinho enroscado a massa cefálica, encontrei mais um, logicamente passado em PIRA PIRA PIROU...

Quase todos os biriteiros que se casam e acreditam que ainda são solteiros e passam noites em farras, entre amigos, jogatinas e romances amorosos, esquecendo-se de suas casas e por conseguinte de suas esposas e filhos. E um desses camaradas, morador antigo de PIRA PIRA PIROU, pai de dois filhos adolescentes que lhe adoravam, tinha uns amigos fiéis de fim de semana e de copo, os quais eram considerados como seus irmãos e eram uns tremendos gozadores, pois viviam contando piadas e tirando sarro dos amigos e principalmente daquele cabeçudo, como era conhecido e chamado pelo grupo, aquele pai e cachaceiro.

Era um final de semana como de costume para aquele grupo de amigos e como sempre faziam, um deles começou tirando sarro do cabeçudo e dizendo que sua mulher (do cabeçudo) teria espalhado na vizinhança que o mesmo mijava na cama depois que chegava da cachaçada, pois segundo ela, o colchão vivia ensopado e era impossível alguém dormir com aquela catinga e toda vez que acontecia tal fato, a mesma dormia no sofá, enquanto aquele pinguço dormia ao aroma de seu próprio mijo.

Após ouvir atentamente a gozação que estavam lhe empondo, o cabeçudo saiu de mansinho, sem ninguém perceber e foi até sua casa, e lá chegando, tirou o colchão da cama, colocou em cima do carro e foi até aquele bar, onde se encontrava momento antes com seus amigos e chamou-os e mostrou-os o colchão, virando de um lado e de outro e perguntando se alí tinha sinal de mijo. Em seguida, achando-se ofendido e sem nenhuma resposta do grupo, dirigiu-se a Delegacia de Polícia para registrar uma ocorrência de difamação contra seus amigos. Este é mais um caso de verdade e qualquer semelhança e mera coincidência.

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