sábado, 29 de novembro de 2008

CASOS DE VERDADE Nº 010/08


Marival Furtado Vieira

Procurando como de costume por algum fato que me levasse até o mais profundo poder da consciência, deparei com este, que por sinal, trata-se de uma mãe coruja, também fato este, passado naquela mesma e inconfundível cidadezinha de PIRA PIRA PIROU, onde a vida sexual é comum iniciar-se por volta dos dez anos de idade, infelizmente...

Há bastante tempo, época de política, como acontece em todas as cidades de nosso pais, lá não poderia ser diferente, pois naquele momento, eram exatamente 20:30h e acontecia um grande comício, regado a muito show de bandas consagradas nacionalmente, onde os candidatos aguardavam ansiosamente sua vez, a fim de fazerem seus pronunciamentos, automaticamente pedirem seus votos e prometerem aquilo que não poderiam cumprirem. Em Pirapirapirou, dia de comício era diferente das grandes capitais, onde aqueles moradores se produziam como se fosse um grande acontecimento social, era dia de festa, dia de encontros de amigos, parentes e encontros amorosos entre jovens, adultos e adúlteros.

Em um desses encontros de jovens casais, a mãe de uma adolescente de treze anos de idade, coloca sua mão no fogo, como se diz no dito popular, dizendo que sua filha ainda não namora e que a mesma, vive exclusivamente para casa e para o colégio. Só que alguém conhecido daquela mãe, jura que viu a menor entrar na capoeira (como é conhecido em Pirapirapirou, os locais onde a grande maioria, pratica o sexo), e em seguida viu também entrar naquele mesmo local um "boyzinho" caipira. Passados aproximadamente trinta minutos, aquela santa menina "boia" da capoeira toda descabelada e com alguns fios de gramas colados em seus cabelos negros e longos e em seu vestido, modelo mini-saia, tipo (mamãe quero ser p...), enquanto um minuto após, "boiava" aquele mesmo boy, descaradamente ainda abotoando sua braguilha.

O show das bandas já tinha terminado e começado as conhecidas promessas feitas pelos candidatos, que naquele momento, passavam a serem os astros e estrelas das mentiras mais cabeludas possíveis, enquanto aquela mãe coruja, encontrava-se loucamente embebecida pelas lindas palavras colocadas por aqueles políticos tarimbados, enquanto sua filha, já tinha sumido a mais ou menos uma hora, e a mãe nem percebia, de tão emocionada que ficara com aquele show e porque não dizer, também com o comício. Só após alguns minutos, aquela mãe volta-se a si e então percebe que sua "filhinha" encontra-se ao seu lado, toda suada e descabelada e fala pra esta: - Que bom filha, você brincou a vontade, que até suou da cabeça aos pés. E que suor... Toda e qualquer semelhança é mera coincidência.

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